Instituições que atuam no mercado financeiro crescem no país com aumento da procura dos investidores por ações

É importante na escolha estar atento às taxas de corretagem das empresas, que, apesar da tabela referencial, variam muito

FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL

Ao contrário do que muitos ainda pensam, para comprar uma ação de uma companhia não basta ir até a Bolsa de Valores. Para fazer esse tipo de investimento é necessário que a pessoa interessada busque, antes de mais nada, uma corretora de valores.
As corretoras são instituições destinadas a aproximar compradores e vendedores de títulos e valores mobiliários (como ações). Sem elas, seriam consideráveis as dificuldades para investidores e empresas realizarem operações para negociar as ações em seu poder.
Além de operarem com os papéis que estão disponíveis no mercado financeiro, as corretoras também participam dos lançamentos de ações de empresas que estão chegando à Bolsa de Valores.
Essas instituições são autorizadas a funcionar pelo Banco Central e pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários) e somente assim ficam habilitadas a negociar no mercado.
Há pelo menos dois grandes grupos de corretoras: um é o das ligadas a bancos de grande porte; o outro é o das independentes (ou de bancos pequenos).
"As independentes são as que mais têm se mostrado proativas na busca e orientação dos clientes pessoa física", afirma Homero Amaral Júnior, presidente da Ancor (Associação Nacional das Corretoras de Valores, Câmbio e Mercadorias), que representa 93 instituições financeiras.
"Algo importante que tem ocorrido agora é o programa de expansão das corretoras para fora dos grandes centros", diz o presidente da Ancor.
É nesse corpo-a-corpo das corretoras fora do eixo Rio-São Paulo que analistas afirmam poder estar a possibilidade de o volume de pequenos investidores se expandir. A própria Bovespa, que tem diferentes programas destinados a atrair o pequeno investidor, também demonstra entender a importância da expansão do alcance das corretoras interior adentro.
Um bom caminho para os investidores novatos é procurar informações nos sites da Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) e na Ancor. Os endereços eletrônicos são: www.ancor.com.br e www.bovespa.com.br.
"O investidor deve procurar o perfil da corretora que melhor possa auxiliá-lo. Há corretoras que estão mais direcionadas a cumprir ordens de compra e venda, outras que têm equipes de análise financeira e outras mais acostumadas a dar conselhos aos investidores", explica o presidente da Ancor.

Custos
Além do perfil mais adequado, os investidores devem estar atentos às taxas de corretagem cobradas pelas diferentes corretoras. A corretagem é a remuneração cobrada nas operações com os títulos.
Apesar de haver uma tabela referencial para o setor, as corretoras têm liberdade para cobrar diferentes taxas de corretagem de sues clientes na hora de realizar operações de compra e venda de ações (e outros títulos).
Também é possível procurar o banco em que a pessoa tem conta corrente e se informar como aplicar em um fundo de ação, oferecido por grande parte das instituições bancárias.
Uma grande diferença é que os fundos são compostos por grupos de ações que independem da vontade do cliente -um gestor decide o que comprar ou o que vender.
Há ainda a figura do agente autônomo, que é uma pessoa física ou jurídica uniprofissional que trabalha com a negociação de ações. O vínculo desses profissionais com as instituições financeiras é representado por um contrato de prestação de serviços, sendo remunerados por comissões de corretagem sobre os negócios realizados para seus clientes. No site da Ancor há informações sobre esses profissionais.
Para utilizar o sistema de "home broker" (o sistema de negociação de ações pela internet), os investidores também têm de contatar uma corretora antes de começar a operar.


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