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Agenda econômica está voltada ao exterior
Analistas observam dados dos EUA e situação coreana
DA REPORTAGEM LOCAL
Essa será uma semana de
poucos eventos econômicos relevantes no mercado interno.
Mas a possibilidade de o Japão
realizar a sua primeira alta de
juros em quase seis anos e a
preocupação com novas atitudes da Coréia do Norte podem
atrapalhar a esperada recuperação do mercado financeiro
global.
A agenda econômica da semana conta apenas com eventos externos, informa a Link
Corretora. Na quinta-feira, serão divulgados os pedidos de
auxílio-desemprego e, na sexta-feira, o indicador de confiança do consumidor da Universidade de Michigan, ambos dos
Estados Unidos.
Internamente, os investidores devem ajustar as suas apostas para a reunião do Copom
(Comitê de Política Monetária)
que definirá a nova taxa básica
da economia (a Selic), que está
em 15,25% anuais. O Copom
-formado por diretores e o
presidente do Banco Central-
se reunirá entre os dias 18 e 19
de julho.
"A semana começa com gosto amargo da reação aos dados
do "payroll" [vagas de trabalho
criadas] e de revisão de estimativas de lucros de importantes
cias nos EUA. A Bolsa fica sem
tendência definida" afirma
Kelly Trentin, analista da corretora SLW.
Os investidores estão, desde
meados de maio, muito atentos
aos dados econômicos norte-americanos. O temor é de que
números novos da economia
do país mostrem ou que há
chances de os juros americanos
seguirem em alta ou de que a
maior economia do mundo esteja em um processo indesejado de desaquecimento.
Na sexta-feira, o Ibovespa,
principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo, registrou
desvalorização de 1,18%, influenciado pelo mau desempenho do mercado americano.
Nos Estados Unidos, as Bolsas caíram no último pregão da
semana passada respondendo a
dados de emprego, que criaram
temores em relação à desaceleração do crescimento econômico do país.
Em Nova York, o índice Dow
Jones perdeu 1,20%. A Bolsa
eletrônica Nasdaq, que reúne
ações de empresas de alta tecnologia, marcou recuo de 1,16%
na sexta-feira.
Os testes de mísseis e as subseqüentes ameaças feitos pela
Coréia do Norte na semana
passada também repercutiram
negativamente no mercado.
De positivo na última semana, o IBGE divulgou que o IPCA
(Índice de Preços ao Consumidor Amplo) registrou deflação
(de 0,21%) em junho.
A notícia foi muito bem recebida, derrubando as projeções
futuras de juros. Isso porque o
IPCA acumulado em 12 meses
ficou em 4,03%. Ou seja, abaixo
do centro da meta de inflação
do governo para este ano, que é
de 4,5%.
Se a inflação está contida,
crescem as chances de o Copom reduzir a taxa Selic de forma mais expressiva.
Até antes de ser conhecido o
IPCA, a previsão majoritária do
mercado era de que a Selic seria
reduzida de 15,25% para 15%
anuais.
Mas, na sexta-feira, aumentou o número de analistas que
esperam que a taxa básica Selic
seja cortada em 0,50 ponto percentual na reunião do Copom
deste mês.
No pregão de sexta, na
BM&F (Bolsa de Mercadorias
& Futuros), a taxa no contrato
DI que vence no fim do ano caiu
de 14,64% para 14,59%.
"Devemos ter um mês com a
Bolsa andando de lado, esperando novamente dados que
demonstrem quais serão os
próximos passos do Fed [BC
dos EUA], mesmo com papéis
de qualidade a níveis atrativos",
informa a Link Corretora.
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