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Brasileiro tem de trabalhar mais para comprar Big Mac
Trabalhador de SP e do Rio precisa de mais horas para adquirir o sanduíche
Conclusão é de estudo do banco UBS; são necessários hoje 38 minutos de trabalho em SP para comprar um
Big Mac, ante 32 em 2005
DA REDAÇÃO
Os brasileiros de São Paulo e
do Rio de Janeiro têm, na média, que trabalhar mais minutos para comprar um Big Mac
neste ano do que tinham no
ano passado, de acordo com
cálculos do banco UBS.
O paulistano tem hoje que
trabalhar 38 minutos para pagar seu lanche, enquanto o carioca fica quase uma hora no
escritório (53 minutos) para
ganhar o equivalente ao preço
do sanduíche.
No ano passado, o total de
minutos por Big Mac para São
Paulo era de 32; no Rio de Janeiro, de 42.
As duas cidades foram as
mais bem colocadas no ranking
deste ano entre as latino-americanas. Depois do Rio vêm
Santiago do Chile e Buenos Aires, ambas com 56 minutos por
Big Mac.
A instituição faz esse cálculo
para que se possa comparar de
forma simples a paridade do
poder de compra -ou seja, a relação entre salários e preços
nos diferentes países.
"Os salários só são relevantes
em relação aos preços, isto é, o
que se pode comprar com o dinheiro ganho", diz o relatório
do UBS. O banco calculou a média dos salários líquidos por hora de 14 profissões e dividiu esse valor pelo preço de um produto disponível em quase todo
o mundo: o sanduíche Big Mac,
do McDonald's.
Por esse critério, a cidade onde o dinheiro dos trabalhadores vale mais é Tóquio -apesar
de a cidade ser uma das mais
caras do mundo. Lá, é preciso
trabalhar só dez minutos para
poder comprar um Big Mac.
Das 70 cidades pesquisadas,
a que teve pior resultado no
ranking foi a colombiana Bogotá, onde um Big Mac equivale a
mais de uma hora e meia de trabalho, ou 97 minutos.
A média mundial de tempo
de trabalho por sanduíche é de
35 minutos, segundo o relatório do UBS.
Salários e preços
O documento ressalta que as
cidades em que houve as maiores altas, tanto de preços como
de salários, foram São Paulo,
Rio de Janeiro e Santiago do
Chile, devido ao crescimento
econômico e à apreciação das
moedas locais em relação ao
dólar. No entanto os preços subiram mais do que os salários, o
que achata o poder de compra.
O indicador de preço do estudo é o custo de uma cesta de 22
produtos e serviços, que não inclui o preço de aluguéis.
O relatório também mostra
que os trabalhadores de Seul,
na Coréia do Sul, trabalham
mais horas por ano do que
aqueles de cidades européias,
como Paris e Berlim. Se for tomada como base uma semana
de trabalho de 42 horas, os asiáticos trabalham cerca de 50
dias a mais por ano do que os
parisienses.
Com agências internacionais
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