São Paulo, sexta-feira, 10 de agosto de 2007

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Perdas podem se aproximar de US$ 100 bi

DA REPORTAGEM LOCAL

As perdas associadas ao mercado "subprime" de financiamento imobiliário norte-americano podem chegar a US$ 100 bilhões, segundo avaliação feita pelo presidente do Federal Reserve (BC dos EUA), Ben Bernanke, em depoimento no Senado americano em julho.
Bernanke classificou a soma de "significativa" e disse que as agências de crédito já haviam iniciado o processo de reduzir a classificação de risco de alguns produtos associados a esse mercado.
"Subprime" são financiamentos dados a pessoas com históricos de crédito ruim, o que significa que são operações mais arriscadas.
Joel Bogdanski, consultor de política monetária do Banco Itaú, afirma que perdas de US$ 100 bilhões são pequenas se comparadas ao tamanho total do mercado de crédito imobiliário dos Estados Unidos.
No início deste ano, o volume de financiamentos imobiliários naquele país estava em torno de US$ 10 trilhões. O potencial prejuízo estimado por Bernanke, portanto, equivaleria a 1% do total.
O problema é que a crise no segmento "subprime" pode acentuar ainda mais a desaceleração nos setores imobiliário e de construção dos Estados Unidos, que respondem por 23% do PIB.
A conseqüência seria uma redução do ritmo de crescimento da economia.
A maioria dos analistas acredita que a turbulência está restrita ao setor de "subprime" dos Estados Unidos. Se a percepção for correta, alguns fundos devem quebrar e o mercado tende a voltar ao normal depois da elevação dos prêmios de risco de crédito.
Nesse cenário, a situação do Brasil é bastante confortável. As previsões de expansão do PIB são otimistas e o país tem uma situação externa confortável, com superávit em conta corrente e reservas internacionais no valor de US$ 158 bilhões. (CT)


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