São Paulo, sexta-feira, 10 de agosto de 2007

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Vaivém das commodities

mzafalon@folhasp.com.br

SURPRESA
Os novos dados de produção do setor sucroalcooleiro podem surpreender. Com o atraso da colheita, devido às interrupções provocadas por chuvas, o setor não deverá colocar no mercado a supersafra de produto que se imaginava. Boa parte da cana fica em pé para o próximo ano.

EFEITO PREÇO
A queda nos preços do álcool já chega a todos os consumidores do país. O avanço dessa queda por todos os Estados elevou o consumo para 1,3 bilhão de litros em julho, acima do 1,1 bilhão dos últimos meses do primeiro semestre.

GRANDE AUSENTE
Pela primeira vez o Ministério da Agricultura não participou no patrocínio do orçamento da Agrifam, feira dos pequenos e médios produtores. A participação se deu apenas no conteúdo, com a presença da Embrapa. Participaram os ministérios do Desenvolvimento Agrário e da Ciência e Tecnologia.

REAL FORTE
O real forte já começa a enfraquecer também os pequenos e médios produtores -os do chamado agronegócio familiar. As dificuldades de exportação pelos grandes, devido à desvalorização da moeda norte-americana, deixam no mercado interno um volume maior de produtos.

CONCORRÊNCIA
Tendo o mercado interno como base da demanda para seus produtos, os pequenos e médios produtores já sentem a concorrência dos grandes internamente. A avaliação é de João Sampaio, secretário paulista de Agricultura.

REVISÃO URGENTE
Sampaio entende, ainda, que o setor agrícola está sendo prejudicado por uma legislação ultrapassada, criada há muitos anos e sem a forte presença da agroindústria naquele período, o que ocorre atualmente. Para ele, essa legislação precisa ser atualizada rapidamente.

DE VENTO EM POPA
O preço do suíno permanece em alta nos frigoríficos do interior de São Paulo. Conforme pesquisa da Folha, a arroba do animal chegou a ser negociada a R$ 43 ontem, devido à redução da oferta de animais prontos para abate. Em 30 dias, o preço do suíno teve aumento de 25,6%.

POUCOS NEGÓCIOS
O mercado de trigo mostra os sinais da entressafra: poucos negócios e preços em alta. No Paraná, a tonelada está em R$ 550, acima dos R$ 515 do Rio Grande do Sul. Mesmo com a chegada de produto novo, a partir da segunda quinzena deste mês, os preços vão continuar em alta devido ao cenário externo, segundo Elcio Bento, da Safras & Mercado.


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