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Endividamento de SP é ampliado em R$ 2,7 bi
Acordo foi feito entre governo paulista e Tesouro
CATIA SEABRA
DA REPORTAGEM LOCAL
O Tesouro Nacional e o governo de São Paulo fecharam
acordo que amplia em R$ 2,7
bilhões o limite de endividamento do Estado, que é de R$ 4
bilhões. Ontem, a Secretaria de
Fazenda enviou à Assembléia
Legislativa de São Paulo pedido
de autorização para contração
de nove novos empréstimos
-com o BNDES e agências internacionais-, no valor total de
R$ 5,213 bilhões.
Previsto para investimentos
em infra-estrutura, como a
compra de trens, obras de saneamento e recuperação de estradas vicinais, o montante supera em mais de R$ 1,2 bilhão o
teto fixado em junho pelo Ministério da Fazenda.
Embora extrapole o limite,
tucanos com trânsito no Palácio dos Bandeirantes garantem
que o valor é objeto de acerto
com o governo federal.
No dia 4 de junho, após audiência entre o governador José Serra (PSDB) e o ministro da
Fazenda, Guido Mantega, foi
anunciada a ampliação da capacidade de endividamento do
Estado em mais R$ 4 bilhões.
Serra, no entanto, informou
que insistiria no limite de R$
6,7 bilhões, sob o argumento de
que estaria dentro das regras da
Lei de Responsabilidade Fiscal.
De lá para cá, Tesouro e Fazenda negociaram a ampliação
gradativa do limite, conforme o
comportamento da receita do
Estado. No acordo, foram fixadas metas de arrecadação.
Cumpridas, o Tesouro elevará
o teto em R$ 1,7 bilhão em outubro. Outro R$ 1 bilhão será liberado em dezembro. A dívida
do Estado é de R$ 134,6 bilhões.
Como os financiamentos estrangeiros dependem de prévia
aprovação também do Senado,
a Fazenda teve de enviar o pedido à Assembléia Legislativa
antes mesmo de consumado o
acordo.
Avalizados pela Cofiex, os pedidos de empréstimos foram
apresentados ontem pelo secretário da Fazenda, Mauro Ricardo Costa, aos líderes dos
partidos.
Segundo material distribuído por Costa, serão R$ 3,4 bilhões (US$ 1,774 bilhão) financiados por agentes internacionais -Banco Mundial, Banco
Interamericano de Desenvolvimento e JBIC (Japan Bank for
International Cooperation)- e
R$ 1,834 bilhão com o BNDES
(Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).
Somada à parte do governo,
os projetos chegam a R$ 6,9 bilhões. Três deles são para obras
de trens e metrô. O maior -de
R$ 2,952 bilhões- prevê a
compra de 57 novos trens -40
para a CPTM e 17 para o Metrô.
Outro R$ 1,579 bilhão será destinado à expansão da linha 2 do
Metrô. Mais R$ 459,1 milhões
serão endereçados à linha C da
CPTM e à linha 5 do Metrô.
O pacote inclui ainda a destinação de R$ 1,059 bilhão para
pavimentação e recuperação de
cerca de 5.000 quilômetros em
estradas vicinais e financiamento de R$ 240 milhões para
a construção de 44 novos presídios no Estado. Para desenvolvimento rural, serão R$ 247,7
milhões.
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