São Paulo, domingo, 10 de outubro de 2004

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Expectativa das instituições influi na decisão do BC

DA REPORTAGEM LOCAL

Um dos pontos a que o Banco Central se atém para definir o rumo de sua política monetária é a evolução das expectativas das instituições financeiras sobre a inflação futura.
Se essas expectativas se deterioram -ou seja, passa-se a esperar por uma inflação maior para determinado período-, o Copom (Comitê de Política Monetária, formado por diretores e pelo presidente do BC) acaba por assumir uma atitude mais dura, que pode chegar à elevação da taxa básica.
Isso é exatamente o que tem acontecido desde julho, quando o BC passou a sinalizar com uma alta dos juros, concretizada na reunião de setembro, quando a Selic subiu pela primeira vez em mais de um ano, passando de 16% para 16,25%.
Se os bancos traçarem cenários muito pessimistas, podem levar o BC a ser exageradamente conservador, elevando os juros para evitar que esses cenários se concretizem.
E taxas de juros em níveis mais elevados oneram a produção, o que tem reflexos negativos sobre o crescimento da economia.
A alta dos juros também encarece o custo da manutenção da dívida do governo. Boa parte da dívida pública é composta por títulos atrelados à oscilação da taxa básica de juros.


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