São Paulo, quarta-feira, 10 de outubro de 2007

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Lula critica privatização de ferrovias feitas no governo FHC

LETÍCIA SANDER
ENVIADA ESPECIAL A ANÁPOLIS

Horas antes de a Bovespa dar início ao leilão para a concessão de sete trechos de rodovias federais à iniciativa privada, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou ontem, em Anápolis (GO), a privatização de ferrovias, setor desestatizado no governo de Fernando Henrique Cardoso (1995-2002).
"Este país, durante 40 anos, não investiu em ferrovias e o pouco que a gente tinha foi privatizado. Em muitos casos, não se exigiu a responsabilidade daquele que privatizou para fazer os investimentos necessários." As rodovias privatizadas ontem são as primeiras concessões transferidas ao setor privado no governo Lula.
Embora o evento de ontem versasse sobre uma rodovia, a situação das ferrovias entrou no discurso de Lula. Ele prometeu concluir, até o fim do seu mandato, mais 1.234 quilômetros da Ferrovia Norte-Sul. O presidente lembrou que a ferrovia começou a ser construída, em 1987, no governo de José Sarney (PMDB). E que, de lá até 2003, quando assumiu, só 215 quilômetros saíram do papel.
Lula também afirmou que a duplicação da BR-060 começou em 1988 e que FHC fez só 50 quilômetros da obra. "E nós concluímos 121 quilômetros."
Ele disse que até o fim do seu mandato anunciará a ligação rodoviária de Goiás ao porto de Santos e voltou a falar sobre a falta de investimentos em infra-estrutura no Brasil depois do governo Geisel (1974-1979). "Parece que o Brasil ficou atrofiado, amarrado, impedido de ser do tamanho que ele é".
Em Brasília, Lula disse estar "feliz" com o leilão das rodovias. "Hoje [ontem], eu não sei por quê, acordei com uma premonição de que as coisas iam ser muito boas para o Brasil. O dia foi bom, porque, depois de vencer todas as barreiras legais, todos os casos criados, finalmente tivemos o leilão."


Colaborou a Sucursal de Brasília


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