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Pedágio começa a ser cobrado após seis meses de operação
Valor oferecido no leilão será reajustado pelo IPCA até a data de início da cobrança
Segundo a ANTT, prazo inicial do contrato será destinado à realização de reparos e melhoria das condições de tráfego
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
DA AGÊNCIA FOLHA
O valor dos pedágios definido
ontem em leilão sofrerá o primeiro reajuste já na data da primeira cobrança. Os preços cobrados nas praças serão acrescidos do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo).
Nos primeiros seis meses de
operação, porém, as concessionárias ficarão impedidas de cobrar pedágios. Nesse período,
estão previstos investimentos
de R$ 220 milhões para os reparos iniciais nas rodovias. Até
o fim do prazo de concessão (25
anos), as rodovias concedidas
devem receber até R$ 20 bilhões das concessionárias.
As vencedoras de ontem devem começar a iniciar as obras
e operar as rodovias federais já
na primeira quinzena de janeiro, após a verificação de documentos e a assinatura dos contratos com o governo.
De acordo com José Alexandre Resende, diretor-geral da
ANTT (Agência Nacional de
Transportes Terrestres), durante o período de concessão
não estão previstos ajustes
além do IPCA, a menos que
ocorra "um fato externo", como
alteração tributária.
Caso contrário, as concessionárias poderão ser multadas se
aumentarem as tarifas, disse o
diretor-geral da ANTT. "Não
haverá essa possibilidade."
Para o secretário-executivo
do Ministério dos Transportes,
Paulo Sérgio Passos, o leilão
dos sete trechos de rodovias federais vai garantir 25 anos de
estradas com "boas condições
de trafegabilidade e segurança". "É um ganho para o usuário", afirmou.
Quem usar a Fernão Dias para ir de São Paulo a Belo Horizonte (MG), por exemplo, gastaria, conforme os valores acertados ontem, R$ 7,976 com pedágio. Nos valores máximos
previstos pela agência, o mesmo trajeto custaria ao menos
R$ 23,07.
Já para Curitiba (pela Régis
Bittencourt), o usuário gastaria
R$ 8,184, de acordo com o preço de pedágio que venceu. Pelo
preço máximo estipulado antes, o valor alcançaria R$ 16,11.
Embora as propostas tenham surpreendido pelo baixo
valor, o diretor-geral da ANTT
diz não acreditar que as concessionárias tenham dificuldades
em cumprir o contrato.
Para ele, o volume de tráfego
nas rodovias aumentará como
conseqüência do próprio crescimento do PIB (Produto Interno Bruto).
"Nós temos todas as garantias de execução do contrato. E,
quando há uma possibilidade
de crescimento do PIB de 5%,
fica mais possível promover essa redução tarifária."
(PAULO DE ARAUJO e JOÃO CARLOS MAGALHÃES)
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