São Paulo, quarta-feira, 10 de outubro de 2007

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No PR, governo e concessionária vivem conflitos

MARI TORTATO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CURITIBA

Os valores da tarifa estão no centro de um embate entre o governador do Paraná, Roberto Requião (PMDB), e as seis concessionárias das rodovias federais no Paraná, travado desde a campanha eleitoral que o elegeu, em 2002. Por conta dessa divergência, Requião ameaçou intervir nas empresas e tentou encampar as praças de pedágio por meio de lei aprovada na Assembléia Legislativa.
Ele também se valeu do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) ao estimular invasões das praças pelos sem-terra, em protestos contra aumentos. Em dezembro de 2003, deu ordem à PM para tomar a praça de pedágio da Ecovia instalada na BR-277, entre Curitiba a Paranaguá, para impedir o reajuste.
A Ecovia -controlada pelo grupo CR Almeida- explora o trecho mais caro no PR: R$ 10,90 (só num sentido) para carros de passeio e R$ 9,30 por eixo de caminhão.
Das 27 praças instaladas, a que cobra menos fica em Jaguariaiva, no centro, e é explorada pela Rodonorte: cobra R$ 4,30 para carro e R$ 3,60 por eixo de caminhão. A maior parte das rodovias não é duplicada.
Até agora, o governo do Paraná perdeu todas as quedas-de-braço que foram parar nos tribunais. A mais recente, dias atrás foi no Tribunal de Justiça do Estado, que suspendeu, por meio de liminar às empresas, a vigência de uma lei que Requião sancionou em agosto. Por ela, usuários de veículos com placas das cidades onde há praças de pedágio instaladas passariam livres pelas cancelas, sem pagar tarifa.
No Paraná, o pedágio é reajustado todo ano por uma cesta de índices que inclui o repasse integral da inflação.


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