|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
No PR, governo e concessionária vivem conflitos
MARI TORTATO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CURITIBA
Os valores da tarifa estão
no centro de um embate entre o governador do Paraná,
Roberto Requião (PMDB), e
as seis concessionárias das
rodovias federais no Paraná,
travado desde a campanha
eleitoral que o elegeu, em
2002. Por conta dessa divergência, Requião ameaçou intervir nas empresas e tentou
encampar as praças de pedágio por meio de lei aprovada
na Assembléia Legislativa.
Ele também se valeu do
MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) ao estimular invasões das
praças pelos sem-terra, em
protestos contra aumentos.
Em dezembro de 2003, deu
ordem à PM para tomar a
praça de pedágio da Ecovia
instalada na BR-277, entre
Curitiba a Paranaguá, para
impedir o reajuste.
A Ecovia -controlada pelo
grupo CR Almeida- explora
o trecho mais caro no PR: R$
10,90 (só num sentido) para
carros de passeio e R$ 9,30
por eixo de caminhão.
Das 27 praças instaladas, a
que cobra menos fica em Jaguariaiva, no centro, e é explorada pela Rodonorte: cobra R$ 4,30 para carro e R$ 3,60 por eixo de caminhão. A
maior parte das rodovias não
é duplicada.
Até agora, o governo do Paraná perdeu todas as quedas-de-braço que foram parar
nos tribunais. A mais recente, dias atrás foi no Tribunal
de Justiça do Estado, que
suspendeu, por meio de liminar às empresas, a vigência
de uma lei que Requião sancionou em agosto. Por ela,
usuários de veículos com
placas das cidades onde há
praças de pedágio instaladas
passariam livres pelas cancelas, sem pagar tarifa.
No Paraná, o pedágio é reajustado todo ano por uma
cesta de índices que inclui o
repasse integral da inflação.
Texto Anterior: Pedágio começa a ser cobrado após seis meses de operação Próximo Texto: Saiba mais: Espanhóis têm 2ª onda de investimentos Índice
|