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São Paulo, segunda-feira, 10 de novembro de 2003

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Arquiteto pagará mais R$ 8.100

DA REPORTAGEM LOCAL

Como milhares de prestadores de serviços em todo o país, os custos do arquiteto André Moral, 29, vão aumentar muito a partir do ano que vem. O profissional liberal, que tem escritório em São Paulo, estima que pagará R$ 8.100 a mais de Cofins em 2004 (o cálculo foi feito com base no faturamento deste ano).
De PIS (Programa de Integração Social), cuja alíquota aumentou de 0,65% para 1,65% no início deste ano, o arquiteto prevê que o montante excedente será de R$ 1.800 em 2003.
"O pior é que não posso repassar esse aumento de tributos para os meus clientes. A situação econômica está muito difícil, temos de rebolar para fechar negócio."
Para a locadora de automóveis Localiza, sediada em Belo Horizonte (Minas Gerais), o impacto também será negativo, mas em proporções muito maiores. Segundo o diretor financeiro da empresa, Roberto Mendes, a estimativa é pagar R$ 5 milhões a mais de Cofins em 2004. De PIS, serão R$ 750 mil a mais neste ano.
De acordo com Mendes, a empresa gera 1.500 empregos e tem 90 lojas espalhadas pelo país.
"A gente se considera prejudicado porque parece que o governo olha a floresta e não se preocupa se certas árvores estão tombando", disse o diretor.
Para ele, o governo está "punindo as empresas que, no passado, foram estimuladas a buscar investimentos no exterior".
Isso porque, segundo Mendes, a medida provisória que aumenta a Cofins prevê que os juros pagos nas captações externas não podem ser abatidos da base de cálculo do PIS/Cofins, ao contrário dos empréstimos no Brasil.
"Uma solução para diminuir essa carga tributária seria a descapitalização das empresas. Isso é negativo porque uma empresa descapitalizada é uma empresa frágil", disse Mendes. (MAELI PRADO)


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