São Paulo, sábado, 10 de novembro de 2007

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Déficit comercial dos EUA cai mais que o previsto

Desvalorização do dólar faz resultado de setembro ser o menor em 28 meses

Queda no déficit comercial de setembro e agosto já faz economistas preverem que PIB dos EUA cresceu mais que 3,9% no 3º trimestre

DA REDAÇÃO

O déficit comercial americano caiu 0,6% em setembro e atingiu seu menor nível em 28 meses. O resultado, influenciado em grande parte pela desvalorização do dólar, que barateia os produtos exportados pelo país, surpreendeu analistas, que esperavam um aumento do déficit por causa dos altos preços do petróleo.
Os EUA compraram no exterior US$ 56,45 bilhões a mais do que venderam, segundo o Departamento de Comércio. O déficit de agosto foi revisado para US$ 56,80 bilhões -a estimativa inicial era que fosse de US$ 57,59 bilhões.
Como os déficits comerciais têm influência no crescimento do PIB (Produto Interno Bruto), a revisão de agosto e o resultado de setembro indicam que a economia se acelerou mais que o esperado no terceiro trimestre. A estimativa inicial do governo dos EUA, divulgada no mês passado, é que o país cresceu 3,9%, mas o Morgan Stanley, segundo o Wall Street Journal", já aposta em uma expansão de 5,3% entre julho e setembro.
Um crescimento maior da principal economia mundial seria uma boa notícia, ainda mais em um momento em que o presidente do BC dos EUA, Ben Bernanke, disse que o PIB do país deverá se desacelerar neste trimestre e ano que vem.
Com a desvalorização do dólar, os produtos americanos ficaram mais baratos e competitivos no exterior, o que fez com com as exportações atingissem o recorde de US$ 140,1 bilhões em setembro, um crescimento de 1,1% ante o mês anterior.
O resultado só não foi melhor porque as importações se expandiram em 0,6%, chegando a US$ 196,6 bilhões -o seu segundo maior nível histórico. As importações de petróleo caíram 0,8%, um resultado que não deve se repetir, pelo menos, na balança de outubro, já que a cotação do barril do produto vem batendo recordes e se aproximando dos US$ 100.
A China mais uma vez foi o parceiro comercial com quem os EUA tiveram o maior déficit. Apesar dos sucessivos recalls de produtos chineses, como o realizado pela fabricante de brinquedos Mattel, os EUA compraram US$ 23,77 bilhões a mais do que venderam para o país asiático -em agosto, essa diferença tinha sido de US$ 22,53 bilhões. A maior marca continua sendo a de outubro de 2006: US$ 24,36 bilhões.
O déficit americano com o Brasil caiu de US$ 160 milhões para US$ 101 milhões.


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