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Déficit comercial dos EUA cai mais que o previsto
Desvalorização do dólar faz resultado de setembro ser o menor em 28 meses
Queda no déficit comercial de setembro e agosto já faz economistas preverem que
PIB dos EUA cresceu mais que 3,9% no 3º trimestre
DA REDAÇÃO
O déficit comercial americano caiu 0,6% em setembro e
atingiu seu menor nível em 28
meses. O resultado, influenciado em grande parte pela desvalorização do dólar, que barateia
os produtos exportados pelo
país, surpreendeu analistas,
que esperavam um aumento do
déficit por causa dos altos preços do petróleo.
Os EUA compraram no exterior US$ 56,45 bilhões a mais
do que venderam, segundo o
Departamento de Comércio. O
déficit de agosto foi revisado
para US$ 56,80 bilhões -a estimativa inicial era que fosse de
US$ 57,59 bilhões.
Como os déficits comerciais
têm influência no crescimento
do PIB (Produto Interno Bruto), a revisão de agosto e o resultado de setembro indicam
que a economia se acelerou
mais que o esperado no terceiro trimestre. A estimativa inicial do governo dos EUA, divulgada no mês passado, é que o
país cresceu 3,9%, mas o Morgan Stanley, segundo o Wall
Street Journal", já aposta em
uma expansão de 5,3% entre
julho e setembro.
Um crescimento maior da
principal economia mundial
seria uma boa notícia, ainda
mais em um momento em que
o presidente do BC dos EUA,
Ben Bernanke, disse que o PIB
do país deverá se desacelerar
neste trimestre e ano que vem.
Com a desvalorização do dólar, os produtos americanos ficaram mais baratos e competitivos no exterior, o que fez com
com as exportações atingissem
o recorde de US$ 140,1 bilhões
em setembro, um crescimento
de 1,1% ante o mês anterior.
O resultado só não foi melhor
porque as importações se expandiram em 0,6%, chegando a
US$ 196,6 bilhões -o seu segundo maior nível histórico. As
importações de petróleo caíram 0,8%, um resultado que
não deve se repetir, pelo menos, na balança de outubro, já
que a cotação do barril do produto vem batendo recordes e se
aproximando dos US$ 100.
A China mais uma vez foi o
parceiro comercial com quem
os EUA tiveram o maior déficit.
Apesar dos sucessivos recalls
de produtos chineses, como o
realizado pela fabricante de
brinquedos Mattel, os EUA
compraram US$ 23,77 bilhões
a mais do que venderam para o
país asiático -em agosto, essa
diferença tinha sido de US$
22,53 bilhões. A maior marca
continua sendo a de outubro de
2006: US$ 24,36 bilhões.
O déficit americano com o
Brasil caiu de US$ 160 milhões
para US$ 101 milhões.
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