DA REPORTAGEM LOCAL

A Telefônica anunciou ontem que vai emitir notas promissórias no valor de R$ 6 bilhões para comprar a GVT, operadora de telefonia fixa. Caso consiga vendê-las ao mercado, usará US$ 900 milhões de seu caixa na aquisição da operadora, em um leilão marcado para o dia 19.
A oferta de notas promissórias está prevista em legislação da CVM (Comissão de Valores Mobiliários) e também é uma ferramenta usada pelas empresas para gerar caixa rapidamente.
Pelas regras, apenas 20 grandes investidores poderão adquirir as notas da Telefônica. No total, são 600 com valor de R$ 10 milhões cada uma. Elas estão lastreadas por "garantias firmes" de crédito concedidas por quatro bancos -Bradesco BBI, HSBC, Votorantim e Banco do Brasil. O valor total dessa garantia é de R$ 8,6 bilhões.
Pela GVT a Telefônica poderá desembolsar até R$ 6,9 bilhões (para 100% do capital). Como 56% das ações da GVT estão pulverizadas, a Telefônica optou por adquirir a operadora de telefonia de forma agressiva por meio de uma OPA (Oferta Pública para Aquisição de Ações).
Com isso, mesmo que os controladores da GVT não queiram, a Telefônica pode adquirir o controle da companhia em um leilão marcado para o próximo dia 19.
Para a Telefônica, o negócio é fundamental para que ela atue fora de São Paulo, competindo com Oi e Embratel. A única barreira para a compra da GVT é a aprovação do negócio pela Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações).


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