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PIB / OUTRAS ECONOMIAS
Entre maiores países, só Brasil acelera ritmo
Expansão passou de 6,2% para 6,8%; outras economias também tiveram crescimentos, mas menores do que no período de abril a junho
Alta de 6,8% permitiu que
o Brasil conseguisse reduzir
mais a diferença que o
separava dos crescimentos
dos demais emergentes
DA REDAÇÃO
Com expansão 0,6 ponto percentual maior que a do segundo
trimestre (de 6,2% para 6,8%),
o Brasil foi o único entre as 20
maiores economias (a Turquia
divulgará seus dados na semana que vem) que teve avanço
maior de julho a setembro do
que nos três meses anteriores.
Os Estados Unidos, a maior
economia mundial, passaram
de avanço de 2,1% no segundo
trimestre para 0,7% no terceiro, e o Japão, a segunda maior,
nesse mesmo período, saiu de
um avanço de 0,7% para uma
contração de 0,5%, sempre fazendo a comparação com o
mesmo período de 2007.
Em relação ao trimestre imediatamente anterior, a economia japonesa está em recessão
(teve dois trimestres consecutivos de retração), e os EUA se
contraíram de julho a setembro
-o país está oficialmente em
recessão desde dezembro de
2007, segundo os critérios da
National Bureau of Economic
Research, que considera outros
indicadores além do PIB.
Um cenário parecido já tinha
acontecido entre abril e junho.
Na ocasião, só Brasil, México e
Indonésia cresceram mais no
segundo trimestre do que no
período de janeiro a março -levando em conta os 20 maiores
PIBs do mundo. Mas a Indonésia se desacelerou de 6,4% no
segundo trimestre para 6,1%
nos três meses seguintes, e o
México teve o seu menor avanço em cinco anos, de 1,6%.
O resultado brasileiro do terceiro trimestre também serviu
para que o país não tivesse o
menor avanço dos Brics (grupo
que também conta com a Rússia, a Índia e a China).
Agora coube à Rússia, que
enfrenta queda de mais de 60%
no preço do petróleo, uma das
suas principais fontes de renda,
o posto de país que menos cresce. O PIB russo cresceu 6,2% no
terceiro trimestre, 1,3 ponto
percentual menos que entre
abril e junho.
A última vez que o Brasil não
ficou, pelo menos isoladamente, com o pior resultado entre
os Brics foi em 2004, quando o
país e a Rússia cresceram 7,8%
no segundo trimestre.
O crescimento de 6,8% permitiu que o Brasil conseguisse
diminuir mais a diferença que o
separava dos crescimentos dos
demais países emergentes, especialmente China e Índia.
Com o recuo da procura por
seus produtos e serviços no exterior e a queda na demanda interna, a China avançou 9% de
julho a setembro (a expansão
no segundo trimestre foi de
10,1%), e a Índia, 7,6%, 0,3 ponto percentual menos do que entre abril e junho.
O Brasil também foi um dos
poucos países da América Latina que continuou se acelerando (o Chile é outro caso -passou de crescimento de 4,5% para 4,8%), mas não é o que mais
avança na região.
Como tem se tornado freqüente, a economia peruana é a
que mais se expande no continente, apesar de também ter se
desacelerado: cresceu 9,5% no
terceiro trimestre, ante 10,5%
no período imediatamente anterior.
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