São Paulo, quinta-feira, 11 de março de 2010

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Eike se torna o 8º mais rico do mundo

Empresário incorpora US$ 19,5 bi ao patrimônio e salta 53 posições em ranking; mais 17 brasileiros aparecem na lista

Valorização de ações e do real eleva fortuna, avaliada em US$ 27 bi pela "Forbes'; mexicano Carlos Slim assume 1º lugar no lugar de Bill Gates

DA REDAÇÃO

O empresário Eike Batista, do Grupo EBX, teve um aumento de US$ 19,5 bilhões no seu patrimônio e se tornou o oitavo homem mais rico do mundo, com US$ 27 bilhões (metade do PIB equatoriano), segundo a revista "Forbes", a primeira vez nos últimos anos em que um brasileiro aparece entre os 50 mais ricos. Em 2009, ele apareceu na 61ª posição.
Com negócios em mineração, petróleo, geração de energia e logística, Eike se aproveitou da recuperação global no preço das commodities, da retomada da economia brasileira e da alta das ações das empresas do seu grupo -a Bovespa foi a Bolsa que mais se valorizou em dólar em 2009. O avanço do real, que liderou a valorização ante o dólar entre as principais moedas, também contribuiu para o aumento da sua fortuna.
Segundo a revista, dois terços da fortuna de Eike vêm da OGX (de exploração de gás e petróleo), cujas ações começaram a ser negociadas em Bolsa em 2008 e se valorizaram em 225% no ano passado. E o seu patrimônio, que foi o que mais cresceu no ranking, deve avançar mais com a abertura de capital do estaleiro OSX, com a qual pode arrecadar cerca de US$ 5 bilhões, dinheiro que na atual lista o levaria ao quarto posto.
O aumento do patrimônio de Eike é um reflexo da recuperação das economias emergentes, que voltaram a crescer antes e com mais força que as do mundo rico. A China, assim como a Índia e Turquia, mais que dobrou o número de bilionários em relação a 2009 e agora só perde para os EUA.
O avanço dos emergentes também pode ser visto no topo do ranking. A liderança pela primeira vez é de um latino-americano, o mexicano Carlos Slim, com US$ 53,5 bilhões -US$ 500 milhões mais que Bill Gates-, e dois indianos estão entre os cinco primeiros.
No Brasil, além do crescimento de Eike, o número de bilionários passou de 14 para 18, e um deles, Jorge Paulo Lemann, da AB InBev, também aparece entre os 50 primeiros, com US$ 11,5 bilhões, em 48º lugar.
No total, o número de bilionários cresceu de 793 para 1.011, e o patrimônio deles avançou 50%, para US$ 3,6 trilhões. Ainda assim, os números são inferiores aos de 2008, quando 1.125 pessoas tinham ao menos US$ 1 bilhão, somando US$ 4,4 trilhões.


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