São Paulo, sexta-feira, 11 de abril de 2008

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Premiê britânico quer ação conjunta do G8

Gordon Brown coloca alta dos alimentos na agenda do grupo e propõe análise do impacto da produção de biocombustíveis

Em carta ao premiê japonês, europeu alerta sobre a ameaça de a inflação "anular os progressos" mundiais e também o combate à fome

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

O primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, ajudou a colocar a alta dos preços dos alimentos na agenda mundial, ao afirmar que os países do G8 devem elaborar um pacote contra o encarecimento dos produtos, que "ameaça anular os progressos" do desenvolvimento, e analisar o impacto dos biocombustíveis nesse aumento.
Em carta enviada ao primeiro-ministro do Japão, Yasuo Fukuda, que preside o grupo dos sete países mais industrializados e a Rússia, Brown pede que a discussão sobre os biocombustíveis seja incluída na agenda da reunião do grupo, em julho, em Tóquio.
"Há um consenso crescente de que precisamos examinar urgentemente o impacto dos diferentes tipos de biocombustível e seu modo de produção no preço dos alimentos para garantir seu uso responsável e sustentável", afirmou na carta.
Ao mesmo tempo em que questiona os biocombustíveis, o governo de Brown quer introduzir, na próxima terça, a medida fixada pela União Européia que determina o uso de 2,5% de biocombustíveis na gasolina. A ONG Oxfam pediu que o governo adie o início da obrigatoriedade para analisar seus impactos ao ambiente.
Brown diz que a alta de alimentos deve ser combatida e pede que o G8 desenvolva uma estratégia de longo prazo com outros órgãos internacionais para que os reajustes não cheguem ao consumidor. Ele advertiu que, pela primeira vez em décadas, aumentou o número de pessoas que passam fome. "A alta dos preços dos alimentos ameaça produzir um retrocesso nos avanços conseguidos nos últimos anos em termos de desenvolvimento."
Também pediu mais ajuda humanitária a países em desenvolvimento importadores de alimentos, como os africanos.


Com agências internacionais


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