DA REDAÇÃO

Uma das aplicações de redes de permuta que mais crescem atualmente é a de recuperação de créditos tidos como perdidos.
Funciona assim: a empresa A fornece um serviço à empresa B, que, diante da crise, tem seu fluxo de caixa comprometido e não paga o valor acordado.
"A maioria das empresas nessa situação resiste a levar o cliente à Justiça para a cobrança do débito, até por medo de perder um parceiro que vinha sendo fiel. Nesse caso, atuamos na recuperação do crédito", conta Marco Del Giudice, da rede de permutas Tradaq.
A solução proposta, diz, é bater à porta da empresa B e sugerir que o pagamento seja feito com produtos ou serviços. Mesmo que esses bens não interessem à empresa A, credora, ela poderá receber em créditos de permuta o valor dos serviços que a empresa B concordou em ceder à rede multilateral.
Dessa forma, a empresa A ganha moeda virtual para gastar, e não necessariamente nos produtos da empresa B. Eles poderão ser empregados para comprar itens de qualquer uma das mais de mil empresas associadas, por exemplo, à Tradaq. E a empresa B não precisa aderir à rede, por fazer uma operação única de cessão de produtos para quitar o débito contraído.
Mas o processo não é perfeito, pois há uma perda a ser calculada. Como o pagamento não será feito em reais, e sim em moeda virtual, não será possível usar esse crédito em gastos como pagamento de aluguel e de funcionários. Ele só pode ser usado em uma rede limitada. (RE)


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