São Paulo, sábado, 11 de maio de 2002

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Baixa de janeiro praticamente está anulada

DA SUCURSAL DO RIO

Os dois reajustes da gasolina determinados pela Petrobras em 16 de março (9,39%) e 6 de abril (10,08%) praticamente neutralizaram a redução em 25% do preço do combustível nas refinarias, anunciada em dezembro e que passou a vigorar em 1º de janeiro.
Mesmo assim, nos quatro primeiros meses deste ano, o preço de gasolina ainda acumula queda de 3,24% em relação a dezembro, de acordo com o IBGE. O impacto do combustível no IPCA acumulado no período foi de -0,14 ponto percentual.
Em março, segundo o IBGE, a alta da gasolina nos postos chegou a 4,16%, resultado da influência de um primeiro reajuste de 2,2%, no início daquele mês. Em abril, a alta medida pelo instituto foi de 8,7%.
O gás de botijão, também produzido nas refinarias da Petrobras, contribuiu de forma significativa para a inflação de abril, uma vez que o produto teve o segundo maior impacto no IPCA, de 0,13 ponto percentual.
O economista Luiz Roberto Cunha, da PUC-RJ, disse acreditar, no entanto, em uma tendência de estabilização dos preços da gasolina a partir deste mês. Cunha estima para maio um IPCA entre 0,2% e 0,3%, abaixo do resultado de março, de 0,6%.
O único fator capaz de pressionar a inflação, nos próximos meses, deverá ser o câmbio, segundo o economista, por causa das incertezas com o risco Brasil. Mesmo assim, a pressão poderá ser compensada pela demanda fraca.



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