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Para Fiesp, quem "grita" conquista mais benefícios
REPORTAGEM LOCAL
Empresários do setor industrial criticaram ontem a possibilidade de nova ajuda governamental às montadoras. O governo deveria, dizem eles, adotar medidas horizontais e corrigir as distorções que afetam todas as empresas, e não apenas
ajudar aquelas com mais capacidade de mobilização e lobby.
"Quem grita vai para o [Hospital Albert] Einstein, quem
não grita vai para o SUS [Sistema Único de Saúde]. A grande
maioria fica no SUS", disse ontem Paulo Francini, diretor da
Federação das Indústrias do
Estado de São Paulo (Fiesp). O
Albert Einstein é considerado
um dos melhores do Brasil.
Caso o câmbio continue valorizado, argumenta Francini, a
Volks passará a comprar peças
importadas. Isso deve resultar
em perda de empregos, ainda
que não na Volks, mas nas indústrias de autopeças e de insumos para as montadoras.
Em resposta aos comentários, o ministro do Trabalho,
Luiz Marinho, afirmou que a
Fiesp "tem um berro muito alto" e tem sido bastante ouvida
no Brasil. Segundo ele, o governo Lula tem a característica de
"olhar" todos os setores da sociedade, inclusive aqueles que
não têm acesso fácil ao governo. "Nós olhamos as crianças,
as mulheres, os idosos, os deficientes. Olhamos o conjunto da
sociedade brasileira."
Colaborou a Sucursal de Brasília
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