São Paulo, quinta-feira, 11 de maio de 2006

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Para Fiesp, quem "grita" conquista mais benefícios

REPORTAGEM LOCAL

Empresários do setor industrial criticaram ontem a possibilidade de nova ajuda governamental às montadoras. O governo deveria, dizem eles, adotar medidas horizontais e corrigir as distorções que afetam todas as empresas, e não apenas ajudar aquelas com mais capacidade de mobilização e lobby.
"Quem grita vai para o [Hospital Albert] Einstein, quem não grita vai para o SUS [Sistema Único de Saúde]. A grande maioria fica no SUS", disse ontem Paulo Francini, diretor da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). O Albert Einstein é considerado um dos melhores do Brasil.
Caso o câmbio continue valorizado, argumenta Francini, a Volks passará a comprar peças importadas. Isso deve resultar em perda de empregos, ainda que não na Volks, mas nas indústrias de autopeças e de insumos para as montadoras.
Em resposta aos comentários, o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, afirmou que a Fiesp "tem um berro muito alto" e tem sido bastante ouvida no Brasil. Segundo ele, o governo Lula tem a característica de "olhar" todos os setores da sociedade, inclusive aqueles que não têm acesso fácil ao governo. "Nós olhamos as crianças, as mulheres, os idosos, os deficientes. Olhamos o conjunto da sociedade brasileira."


Colaborou a Sucursal de Brasília


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