São Paulo, sexta-feira, 11 de maio de 2007

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Mercado já esperava melhora na avaliação

DA REPORTAGEM LOCAL

Esperada pelo mercado financeiro, a melhora na avaliação do Brasil pela Fitch já estava embutida nos preços de ações e de papéis da dívida. Mesmo o grau de investimento, quando chegar, pouco impacto terá nos bônus brasileiros, que hoje pagam em média 0,2 ponto percentual a mais do que os papéis do México, país que têm esse selo de qualidade.
Para Fabio Akira, economista do JP Morgan, Moody's e Standard & Poor's devem fazer o mesmo em breve.
"As agências recebem muitas críticas por terem uma reação a reboque do mercado em sua avaliação. Nos últimos meses, tivemos um aumento gigante das reservas que não poderia passar despercebido pelas agências", disse José Luiz Rossi, do Ibmec (Instituto Brasileiro de Mercado de Capitais).
Pela primeira vez, a Fitch citou o aumento da poupança interna como item que motivou a melhora na avaliação.
Na avaliação de Akira, o Brasil terá cada vez mais dificuldade em obter uma nota melhor para sua dívida. Isso porque daqui para a frente as exigências ficarão ainda mais rigorosas. "Falta implementar reformas que alavanquem o crescimento, como a redução da burocracia e do tamanho do Estado. Falta aumentar produtividade, a reforma da Previdência e a tributária", disse. Sua expectativa é que o grau de investimento não chegue antes de 2009.


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