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Mercado já esperava melhora na avaliação
DA REPORTAGEM LOCAL
Esperada pelo mercado financeiro, a melhora na avaliação do Brasil pela Fitch já estava embutida nos preços de
ações e de papéis da dívida.
Mesmo o grau de investimento,
quando chegar, pouco impacto
terá nos bônus brasileiros, que
hoje pagam em média 0,2 ponto percentual a mais do que os
papéis do México, país que têm
esse selo de qualidade.
Para Fabio Akira, economista do JP Morgan, Moody's e
Standard & Poor's devem fazer
o mesmo em breve.
"As agências recebem muitas
críticas por terem uma reação a
reboque do mercado em sua
avaliação. Nos últimos meses,
tivemos um aumento gigante
das reservas que não poderia
passar despercebido pelas
agências", disse José Luiz Rossi, do Ibmec (Instituto Brasileiro de Mercado de Capitais).
Pela primeira vez, a Fitch citou o aumento da poupança interna como item que motivou a
melhora na avaliação.
Na avaliação de Akira, o Brasil terá cada vez mais dificuldade em obter uma nota melhor
para sua dívida. Isso porque daqui para a frente as exigências
ficarão ainda mais rigorosas.
"Falta implementar reformas
que alavanquem o crescimento, como a redução da burocracia e do tamanho do Estado.
Falta aumentar produtividade,
a reforma da Previdência e a
tributária", disse. Sua expectativa é que o grau de investimento não chegue antes de 2009.
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