São Paulo, sexta-feira, 11 de setembro de 2009

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Trabalhadores de usinas do Madeira encerram greve

MATHEUS PICHONELLI
DA AGÊNCIA FOLHA

O sindicato que representa as construtoras das usinas no rio Madeira (RO) anunciou ontem o fim da greve iniciada há três dias pelos trabalhadores em Santo Antônio e Jirau.
O anúncio foi feito após reunião entre a entidade e os representantes dos funcionários, ocorrida em Porto Velho (RO).
A volta ao trabalho, diz Renato Lima, presidente do Sinicon (que representa a indústria da construção pesada do Estado), foi uma exigência feita pela entidade para que fossem iniciadas as negociações sobre o reajuste salarial exigido pelos trabalhadores. Uma nova reunião entre as partes está marcada para segunda-feira.
A construção das hidrelétricas -os dois maiores projetos do PAC para geração de energia- é responsabilidade dos consórcios Energia Sustentável do Brasil, liderada pela franco-belga Suez Energy (de Jirau), e Santo Antônio Energia, que tem à frente a Odebrecht.
O Sticcero, sindicato ligado à CUT e que representa os cerca de 9.500 funcionários das construções, pede que o piso salarial da categoria passe dos atuais R$ 520 para R$ 750.
Além do aumento, os trabalhadores pedem melhores condições de trabalho, com diminuição da jornada e pagamento de horas extras e cestas básicas.
De acordo com o Sinicon, entretanto, o atendimento das reivindicações pode acarretar um aumento de até 4% no custo total inicialmente previsto.
O custo estimado para a conclusão do complexo é de R$ 21,2 bilhões. O investimento adicional seria de cerca de R$ 850 milhões, cerca de cinco vezes o que o Estado deve receber em recursos do PAC para manutenção das suas rodovias.
As hidrelétricas devem levar energia elétrica para 21 milhões de casas a partir de 2012.
Segundo Lima, do Sinicon, a queda na produção e a perda de materiais já comprados causaram prejuízos diários de cerca de R$ 500 mil em cada obra.
Outras construções em andamento na região também foram atingidas pelo movimento.
Procurados, os representantes dos trabalhadores não foram localizados ontem para comentar o fim da greve.


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