São Paulo, segunda-feira, 11 de dezembro de 2006

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Especialistas pedem corte de gastos públicos

DO ENVIADO ESPECIAL A SALVADOR

O mantra no Encontro Nacional de Economia foi o do ajuste fiscal. Ajuste, ressaltavam todos, que não pode mais ocorrer com aumento de receita, leiam-se impostos, mas com racionalização e corte de gastos.
Rogério Sobreira, da Fundação Getulio Vargas do Rio, relatou as experiências de vários países que fizeram o ajuste fiscal. Ao contrário do que teme parte dos economistas (que um corte drástico do gasto público levaria a queda no nível de atividade), diz ele, a experiência internacional mostra que cortes de gastos, se bem-feitos, têm impacto expansionista. "O ajuste é bem-sucedido se ocorrer com queda no gasto, não com aumento da receita, e se for contínuo. Se a percepção é que o ajuste é permanente, os gastos privados, o investimento, reagem."
Yoshiaki Nakano, da FGV-SP e colunista da Folha, defendeu um ajuste ainda mais drástico, que passaria pela reorganização da máquina pública e pela mudança na distribuição de recursos entre governo federal, Estados e municípios. Sem uma mudança assim, afirmou ele, é difícil crescer mais do que o Brasil tem crescido.


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