Para IBGE, dados sobre vagas e renda acompanham ritmo menor na produção

PEDRO SOARES
DA SUCURSAL DO RIO

A crise econômica freou o dinamismo do mercado de trabalho na indústria: em outubro, o emprego no setor cedeu 0,2% em relação a setembro na taxa livre de efeitos sazonais, e a folha de pagamento também recuou 0,2% na mesma base de comparação, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Para Denise Cordovil, economista da Coordenação de Indústria do IBGE, os dados revelam "uma acomodação" tanto do emprego como do rendimento na indústria, em consonância com o ritmo menor de atividade das fábricas. De setembro para outubro, a produção industrial caiu 1,7%.
"Há uma perda de ritmo do emprego na margem [de setembro para outubro], que acompanha o que foi observado na produção. Essa desaceleração ocorre num contexto de maior incerteza tanto na economia mundial como na brasileira", diz Cordovil.
Após crescer 2,1% em setembro, o número de pessoas ocupadas na indústria subiu menos em outubro: 1,6% contra outubro de 2007.
No acumulado de 2008 (janeiro a outubro), a ocupação registrou expansão de 2,6%. No caso da renda do trabalhador na indústria, houve alta de 5,1% ante outubro de 2007 -menos do que os 7,8% alcançados em setembro. De janeiro a outubro, a expansão da folha de pagamento foi de 6,6%.
Lideraram a criação de empregos em outubro os setores de máquinas e equipamentos (alta de 8,3%), meios de transporte (7,1%) e material elétrico e comunicações (9,4%).


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