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Sindicalistas pressionam por redução de dois pontos ou demissão de Meirelles
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Líderes sindicais cobraram
ontem do governo a redução da
taxa básica de juros. Para a Força Sindical e a CUT (Central
Única dos Trabalhadores), as
duas maiores centrais sindicais
do país, o Banco Central deveria ter reduzido os juros básicos
em dois pontos percentuais.
O líder da Força, deputado
Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), o Paulinho, disse que se os
juros não fossem reduzidos ontem ele pediria a demissão do
presidente do Banco Central,
Henrique Meirelles.
"Se o governo não baixar os
juros, a partir de janeiro vamos
fazer pressão para demitir o
Meirelles", afirmou Paulinho,
antes do anúncio do Copom.
Representantes das centrais
estiveram ontem reunidos com
o ministro Guido Mantega (Fazenda) para cobrar medidas do
governo para garantir a manutenção dos empregos no país.
Segundo os líderes, o ministro da Fazenda afirmou que o
Planalto está preocupado com
o custo do financiamento e para combater excessos irá usar
"o poder do governo". Mas, em
seguida, o ministro teria explicado que não tem poder sobre a
decisão do Copom.
Os sindicalistas pediram a
Mantega que as medidas de
apoio às empresas estivessem
atreladas à garantia de manutenção de postos de trabalho ou
contratações.
Eles relataram que o ministro explicou não ser possível
colocar esta condição oficialmente, por exemplo, em uma
medida provisória. Mas será
possível conversar com os empresários para que não façam
demissões.
As centrais apresentaram,
também, um pedido de correção da tabela do Imposto de
Renda pela inflação medida pelo INPC (que detecta o aumento de preços para a população
com rendimento entre um e
seis salários mínimos), que está
em 7,20% no acumulado dos 12
últimos meses.
Hoje, o reajuste anual previsto até 2010 é de 4,5%. Segundo
os sindicalistas, o ministro disse que apresentaria as propostas ao presidente Lula, por isso
não deu uma resposta se o pedido seria atendido.
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