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CONCORRÊNCIA
Cade e BC fazem acordo sobre análises de fusões bancárias
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Diante da polêmica sobre a
competência do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) para julgar
a fusão de bancos, a autarquia e o Banco Central decidiram fechar um acordo até
que o Congresso aprove uma
regulação sobre o assunto.
Os dois órgãos encaminharam à AGU (Advocacia Geral
da União) um pedido para
que a advocacia revise um
parecer emitido em 2000,
considerado a origem da
controvérsia.
No documento, a AGU declara que a competência é exclusiva do BC, não cabendo
ao Cade julgar a análise de
instituições financeiras.
O conselho e o BC entendem que os dois órgãos têm
papéis específicos nos procedimentos. À autoridade monetária cabe apreciar o risco
no sistema financeiro, enquanto o Cade tem a tarefa
de apreciar os processos do
ponto de vista de seus efeitos
sobre a concorrência do setor em questão.
Dois projetos tramitam no
Congresso (um na Câmara e
outro no Senado) com o mesmo teor. Pelas propostas, fica
estabelecido que apenas o
BC analisará as fusões caso a
operação afete o sistema financeiro. Assim, em uma fusão com risco sistêmico, o
Cade fica de fora da análise.
Nos casos sem risco, o BC
analisa primeiramente a
operação e, em seguida, o
conselho.
A competência na análise
de fusões bancárias já foi parar na Justiça. O STJ (Superior Tribunal de Justiça) deveria ter julgado ontem um
caso envolvendo o Bradesco/BCN, mas, a pedido do
Cade e do BC, o assunto foi
adiado para fevereiro do próximo ano para evitar a criação imediata de jurisprudência sobre o assunto.
A ação foi originada em
2001, quando o Bradesco
acionou o Cade na Justiça
contra multa por não ter registrado no órgão a compra
do antigo BCN.
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