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Indicadores projetam alta maior do PIB no 4º trimestre
Transportes e venda de papelão sinalizam expansão elevada
PAULO DE ARAUJO
PAULA NUNES
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Depois de um terceiro trimestre aquém das expectativas, a economia deve apresentar um crescimento mais expressivo nos três últimos meses do ano, segundo analistas.
Sinais de que a expansão do
PIB deve vir mais forte no final
deste ano já estão dados, disse
Ariadne Vitoriano, analista da
Tendências.
O movimento de caminhões
nas rodovias, indicador de atividade econômica, teve alta de
2% em novembro e de 1,1% em
outubro ante os meses anteriores, segundo o índice ABCR
(Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias). Outro indicador que busca antecipar o desempenho da indústria,
o SPI (Sinalizador Produção
Industrial), medido pela FGV,
cresceu 3,3% em outubro em
relação a setembro.
"Esses são dados fortes e
mostram que a produção apresenta um crescimento mais vigoroso", afirma Vitoriano. "Devemos ver agora uma expansão
mais disseminada por todos os
setores no quarto trimestre",
acrescenta.
O segmento de papel e celulose, representado pela Bracelpa, já superou em 4,3% a produção do ano passado e diz
acreditar na ampliação e na
continuidade do crescimento
no quarto trimestre. "Desde junho o setor tem registrado recuperação em um ritmo satisfatório", afirma a presidente-executiva da entidade, Elizabeth de Carvalhaes.
Já as vendas de papelão ondulado, utilizado para embalagens, por exemplo, também tiveram alta, de 8,83%, em outubro em relação a setembro.
Vendas aquecidas
O setor varejista aposta na
manutenção do aquecimento
econômico e prova isso com
ofertas expandidas de crédito
que chegam a 16 parcelas neste
fim de ano. Isso porque a inadimplência no país caiu 13,07%
de janeiro a novembro, segundo dados do SPC nacional, e o
índice de confiança do consumidor, medido pela FGV, alcançou o maior patamar desde
maio de 2008.
O índice de expectativas de
consumo, também calculado
pela FGV, voltou a crescer em
novembro e deve permanecer
estável até o início de 2010.
O mercado imobiliário e toda
a cadeia da construção civil tiveram projeção da FGV de
crescimento real de 8,8% no
ano que vem. A expectativa do
setor é que os investimentos
imobiliários alcancem R$ 202
bilhões em 2010 e encerrem este ano na faixa de R$ 170 bilhões. Programas do governo,
como o Minha Casa, Minha Vida, devem favorecer esse mercado e aumentar a capacidade
produtiva. O setor recuperou as
vendas perdidas para a crise
econômica somente em julho.
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