São Paulo, Quarta-feira, 12 de Janeiro de 2000


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MERCADO FINANCEIRO

Realização de lucros faz a Bovespa recuar

da Reportagem Local

Em um dia considerado tranquilo, a Bolsa de Valores de São Paulo recuou 2,64%, voltando a fechar abaixo do patamar dos 17 mil pontos. A principal causa da queda foi a realização de lucros considerada natural por analistas, já que a Bovespa subiu quase 6% nos dois pregões anteriores.
O volume negociado foi expressivo, alcançando R$ 872,68 milhões. O índice Bovespa, que reúne as principais ações, operou em baixa durante quase todo o pregão e foi influenciado também pela baixa da Bolsa de Nova York (0,53%), que parece já ter absorvido o impacto positivo causado pela compra da Time Warner pela AOL.
A alta dos juros dos T-Bonds, que fecharam ontem em 6,66%, aumentou o temor de uma alta acima da prevista da taxa de juros norte-americanos.
Nem mesmo os índices inflacionários divulgados ontem pelo IBGE, que apontaram em dezembro uma alta menor que a esperada pelo mercado, foi suficiente para mudar o humor dos investidores.
O mercado trabalha de olho também no trabalho do Congresso, que pode votar hoje o projeto do governo que cria a DRU, nova versão do FEF (Fundo de Estabilização Fiscal). Uma derrota governista pode trazer mais nervosismo aos mercados nacionais.
O câmbio também teve um dia calmo, apesar da alta da cotação do dólar comercial. A moeda norte-americana fechou sendo negociada a R$ 1,823 na venda, uma valorização de 0,44% em relação a anteontem.
Segundo operadores, a valorização do dólar ocorreu porque não houve entradas significativas de recursos no país, como a registrada anteontem, estimada em US$ 150 milhões.
Ontem o Tesouro Nacional vendeu todo o lote de R$ 2,5 bilhões de LTNs de três meses, com juro máximo de 19,72% ao ano. A taxa média do leilão ficou em 19,68% ao ano. As notas têm vencimento em 12 de abril de 2000.
O lote de LTNs de cerca de seis meses, no valor total de R$ 1 bilhão (vencimento em 02 de agosto de 2000), também foi vendido integramente, com juro máximo de 20,72% ao ano. A taxa média dessa oferta ficou em 20,08% ao ano. (MAURO TEIXEIRA)


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