São Paulo, quinta-feira, 12 de março de 2009

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Petrobras prevê preço menor para gasolina se cenário não mudar

Gabrielli diz que redução será adotada se câmbio e cotação do barril ficarem estáveis nos próximos três a quatro meses

"Não há como descolar, em situação de estabilidade, o mercado brasileiro do preço internacional e do câmbio", diz presidente da estatal


DA SUCURSAL DO RIO

O presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli, não descarta reduzir os preços dos combustíveis no mercado interno, se as cotações do barril do petróleo e o câmbio se mantiveram estáveis nos patamares atuais durante os próximos três a quatro meses.
"Não é só uma questão de o preço do barril do petróleo estar abaixo ou acima dos US$ 40. É necessário, também, que se observe o preço da gasolina e, essencialmente, a taxa de câmbio daqui a três meses. Se essas três circunstâncias de hoje se mantiverem, provavelmente, em três a quatro meses, se se olhar o mercado futuro, provavelmente o preço da gasolina e o preço do diesel terão que se ajustar no mercado brasileiro", disse em entrevista à TV Brasil.
Gabrielli afirmou ainda que não é possível deixar de alinhar os preços domésticos às cotações internacionais no longo prazo. Afirmou, porém, que o fato de o petróleo se manter no patamar atual em torno dos US$ 40 o barril não garante um novo ajuste no preço dos combustíveis no Brasil.
O executivo afirmou ainda que é preciso verificar "a necessidade de redução de preços" diante do comportamento "estável" dos preços internacionais do petróleo e do câmbio. "Não há como você descolar, em uma situação de estabilidade, o mercado brasileiro do preço internacional e do câmbio."
Após quase três anos sem reajuste, os preços da gasolina e do diesel subiram, respectivamente, 10% e 15%, em 2 de maio do ano passado. Tais reajustes ocorreram quando os preços do petróleo estavam em níveis bem mais elevados do que os atuais.
Na época dos aumentos, o governo reduziu a Cide (Contribuição de Intervenção do Direito Econômico) e amorteceu, desse modo, o impacto da alta dos combustíveis nos índices de inflação e no custo de vida dos consumidores.

ANP
A ANP (Agência Nacional do Petróleo) anunciou que, para estimular investimentos privados, aplicará R$ 1 bilhão em cinco anos no mapeamento das reservas de petróleo e gás das bacias hoje inexploradas -os recursos estão no Programa de Aceleração do Crescimento.


Com Agência Brasil


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