São Paulo, terça-feira, 12 de maio de 2009

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[!] Foco

Com "veia metalúrgica", família trabalha junta em montadora de ônibus

Eduardo Knapp/Folha Imagem
Carlos Roberto Moreira e os filhos Carla e Carlos Jr., que atuam na montadora, e a caçula, Camila (à dir.), que prestará Senai<

DA REPORTAGEM LOCAL

Ao ser admitido há 24 anos como operador de máquinas na Mercedes-Benz de São Bernardo, Carlos Roberto Moreira, 52, não imaginava que, no futuro, a filha Carla, 26, e o filho Carlos Roberto Jr., 24, fossem se tornar "companheiros" de trabalho.
"Após estudarem no Senai, os dois conseguiram emprego na montadora", diz o metalúrgico, que se aposentou no final do ano passado, mas continua exercendo a função de operador na linha de freios para caminhão e ônibus.
Carla está na Mercedes desde 1997 e trabalha na linha de ônibus há seis anos. "No Senai, eu e mais cinco meninas fomos admitidas. Hoje a fábrica mudou muito. Há mais mulheres em diversas funções, inclusive na produção", diz a operária, que antes de estudar no Senai pensava em se formar professora. "Peguei o gostinho. Ser metalúrgico, na minha família, está na veia."
O irmão, Carlos Jr., 24, aguarda ansioso o retorno à fábrica. Desde o Carnaval, ele e outros 370 empregados estão em licença remunerada em razão da baixa produção. Contratado por tempo determinado há quase um ano para a função de montador na linha de ônibus, Carlos Jr. diz ter esperança em se tornar efetivo como o pai e a irmã.
O pai diz que o emprego na montadora permitiu que comprasse casa própria, carro e que ajudasse os filhos a estudar e a comprar seus carros. "Sou filho de um pedreiro sem estudo. O trabalho como metalúrgico me permitiu muitas conquistas." A próxima, diz, é ver a terceira filha, Camila, 15, ser admitida no concurso do Senai no final deste ano. (CR)

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