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[!] Foco
Com "veia metalúrgica", família trabalha junta em montadora de ônibus
Eduardo Knapp/Folha Imagem
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Carlos Roberto Moreira e os filhos Carla e Carlos Jr., que atuam na montadora, e a caçula, Camila (à dir.), que prestará Senai<
DA REPORTAGEM LOCAL
Ao ser admitido há 24 anos
como operador de máquinas
na Mercedes-Benz de São
Bernardo, Carlos Roberto
Moreira, 52, não imaginava
que, no futuro, a filha Carla,
26, e o filho Carlos Roberto
Jr., 24, fossem se tornar "companheiros" de trabalho.
"Após estudarem no Senai,
os dois conseguiram emprego
na montadora", diz o metalúrgico, que se aposentou no final
do ano passado, mas continua
exercendo a função de operador na linha de freios para caminhão e ônibus.
Carla está na Mercedes desde 1997 e trabalha na linha de
ônibus há seis anos. "No Senai, eu e mais cinco meninas
fomos admitidas. Hoje a fábrica mudou muito. Há mais mulheres em diversas funções,
inclusive na produção", diz a
operária, que antes de estudar
no Senai pensava em se formar professora. "Peguei o gostinho. Ser metalúrgico, na minha família, está na veia."
O irmão, Carlos Jr., 24,
aguarda ansioso o retorno à
fábrica. Desde o Carnaval, ele
e outros 370 empregados estão em licença remunerada
em razão da baixa produção.
Contratado por tempo determinado há quase um ano para
a função de montador na linha
de ônibus, Carlos Jr. diz ter
esperança em se tornar efetivo como o pai e a irmã.
O pai diz que o emprego na
montadora permitiu que
comprasse casa própria, carro
e que ajudasse os filhos a estudar e a comprar seus carros.
"Sou filho de um pedreiro sem
estudo. O trabalho como metalúrgico me permitiu muitas
conquistas." A próxima, diz, é
ver a terceira filha, Camila, 15,
ser admitida no concurso do
Senai no final deste ano.
(CR)
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