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São Paulo, quinta-feira, 12 de junho de 2003

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INTEGRAÇÃO

Presidentes defendem ampliação e fortalecimento do bloco comercial

Lula e Kirchner querem os países andinos no Mercosul

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Néstor Kirchner (Argentina) defenderam ontem a incorporação ao Mercosul dos países da Comunidade Andina (Peru, Bolívia, Colômbia, Venezuela e Equador).
Os dois presidentes, acompanhados de alguns ministros, reuniram-se das 11h às 15h30 no Palácio da Alvorada. Ao final do encontro, Kirchner ressaltou que o Brasil é o primeiro país que visita desde a posse, em 25 de maio, retribuindo gesto idêntico do presidente brasileiro.
Em rápido pronunciamento no jardim do Alvorada, Lula e Kirchner defenderam com veemência a consolidação e a ampliação do Mercosul, para fortalecer os países do bloco (Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai) nas negociações com a União Européia e os Estados Unidos.
Os dois presidentes afirmaram também que vão criar o instituto monetário, que é o primeiro passo para a implantação de uma moeda única no bloco, mas sem prazo definido.
Também defenderam a criação do Parlamento do Mercosul, que seria eleito por voto direto. O objetivo de Lula é implementar o Parlamento antes do final do seu mandato.
Kirchner disse que o processo de integração da América do Sul foi "torpemente demorado". Afirmou que vai quebrar a falta de credibilidade criada por governos anteriores, que durante muitas décadas fizeram uma defesa retórica da integração, mas sempre se deixaram levar por "lutas mesquinhas".
Lula disse que, no seu governo, a integração vai deixar de ser uma palavra de discurso para se tornar uma ação concreta.
Ambos afirmaram que a integração não poder ser apenas econômica nem comercial, mas também política, física (estradas, pontes), social e cultural.
Segundo Lula, ele e Kirchner têm agora "a mais extraordinária" oportunidade de tornar a integração uma realidade. Disse que suas conversas com o presidente argentino serão cada vez mais frequentes e francas, sem a preocupação de que a cada encontro se anunciem medidas de impacto.
As conversas com Kirchner, afirmou, terão prosseguimento nos próximos dias 17 e 18, durante a reunião de cúpula do Mercosul, no Paraguai.


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