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INTEGRAÇÃO
Presidentes defendem ampliação e fortalecimento do bloco comercial
Lula e Kirchner querem os países andinos no Mercosul
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Os presidentes Luiz Inácio Lula
da Silva e Néstor Kirchner (Argentina) defenderam ontem a incorporação ao Mercosul dos países da Comunidade Andina (Peru, Bolívia, Colômbia, Venezuela
e Equador).
Os dois presidentes, acompanhados de alguns ministros, reuniram-se das 11h às 15h30 no Palácio da Alvorada. Ao final do encontro, Kirchner ressaltou que o
Brasil é o primeiro país que visita
desde a posse, em 25 de maio, retribuindo gesto idêntico do presidente brasileiro.
Em rápido pronunciamento no
jardim do Alvorada, Lula e Kirchner defenderam com veemência a
consolidação e a ampliação do
Mercosul, para fortalecer os países do bloco (Brasil, Argentina,
Uruguai e Paraguai) nas negociações com a União Européia e os
Estados Unidos.
Os dois presidentes afirmaram
também que vão criar o instituto
monetário, que é o primeiro passo para a implantação de uma
moeda única no bloco, mas sem
prazo definido.
Também defenderam a criação
do Parlamento do Mercosul, que
seria eleito por voto direto. O objetivo de Lula é implementar o
Parlamento antes do final do seu
mandato.
Kirchner disse que o processo
de integração da América do Sul
foi "torpemente demorado". Afirmou que vai quebrar a falta de
credibilidade criada por governos
anteriores, que durante muitas
décadas fizeram uma defesa retórica da integração, mas sempre se
deixaram levar por "lutas mesquinhas".
Lula disse que, no seu governo,
a integração vai deixar de ser uma
palavra de discurso para se tornar
uma ação concreta.
Ambos afirmaram que a integração não poder ser apenas econômica nem comercial, mas também política, física (estradas,
pontes), social e cultural.
Segundo Lula, ele e Kirchner
têm agora "a mais extraordinária" oportunidade de tornar a integração uma realidade. Disse que
suas conversas com o presidente
argentino serão cada vez mais frequentes e francas, sem a preocupação de que a cada encontro se
anunciem medidas de impacto.
As conversas com Kirchner,
afirmou, terão prosseguimento
nos próximos dias 17 e 18, durante
a reunião de cúpula do Mercosul,
no Paraguai.
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