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São Paulo, quinta-feira, 12 de junho de 2003

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Venda de eletroeletrônico cai 15%

GUILHERME BARROS
EDITOR DO PAINEL S.A.

A recessão atingiu em cheio o setor de eletroeletrônicos no país. As vendas de produtos eletroeletrônicos no atacado registraram uma queda de cerca de 15% nos primeiros cinco meses deste ano em relação ao mesmo período do ano passado, segundo dados da Eletros (Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos).
Só os portáteis (como ferro de passar e batedeira) registraram em maio uma queda nas vendas de 40% na comparação com abril e de 13% em relação ao mesmo mês do ano passado.
Diante desses números, a Eletros decidiu fazer uma revisão das projeções do desempenho do setor para este ano. A previsão era de um crescimento de 2% para 2003. Com a queda livre do setor nos primeiros cinco meses, a Eletros prevê agora uma queda em torno de 4% a 5% em relação ao ano passado.
Será o terceiro ano consecutivo de queda nas vendas do setor. Segundo Paulo Saab, presidente da Eletros, com o resultado projetado para 2003, o setor terá retornado neste ano aos mesmos volumes de vendas de dez anos atrás, com 30 milhões de unidades vendidas (somados o desempenho das linhas branca, imagem e som e portáteis). Em 1996, as vendas chegaram a atingir um volume superior a 40 milhões de unidades.
Com o resultado previsto para 2003, as vendas de eletroeletrônicos registram uma queda superior a 10% nos últimos três anos. Em 2001, a retração foi de 5,75%, e, em 2002, de 2,05%.

Juros altos
Saab atribui essa queda de 2003 a diversos fatores. Em primeiro lugar à manutenção dos juros elevados na economia. Depois, ele responsabiliza a queda na renda real do consumidor e o aumento do desemprego.
Outros dois motivos, para o presidente da Eletros, são a excessiva carga tributária cobrada às empresas e os aumentos gerais de custos.
"São fatores que se acentuaram neste início de governo, levando o setor à situação crítica que se encontra", diz Saab.


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