|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Aumenta Imposto de Importação de remédio
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O governo decidiu ontem aumentar as alíquotas do II (Imposto de Importação) de 500 medicamentos para fortalecer a indústria
nacional. De acordo com o secretário-executivo da Camex (Câmara de Comércio Exterior), Mário
Mugnaini, a medida poderá ter
um impacto de alta nos preços
dos remédios, mas, segundo ele, a
mudança será gradual.
Mugnaini disse que a tarifa continuará zerada para os produtos
que não têm similar no mercado
nacional. "Esses são os mais importantes porque são os medicamentos relacionados ao câncer e à
Aids, por exemplo."
Mas, mesmo nesse grupo, alguns remédios terão a alíquota
elevada para 2%. Os medicamentos fabricados no país, mas que
usam insumos importados, terão
a alíquota do insumo elevada para
8%. Já os medicamentos de similares fabricados totalmente no
Brasil terão II de 14%.
"Nós regredimos em termos de
saúde pública. Queremos voltar a
produzir fármacos", disse o secretário. Segundo ele, em 1990 o país
produzia 47% dos remédios e insumos que usava. Hoje, esse número está em 3%.
Mugnaini disse que o objetivo é
fixar todas as alíquotas do II dos
medicamentos ou insumos em
8% ou 14%, mas que a mudança
será gradual para não causar um
impacto grande nos preços.
Hoje a Câmara de Medicamentos deverá decidir as alíquotas que
serão atribuídas a cada remédio
para que a medida possa valer a
partir de julho.
Segundo Mugnaini, o Ministério da Fazenda ficou de negociar
com os Estados a manutenção da
alíquota zero do ICMS sobre os
medicamentos.
Texto Anterior: Venda de eletroeletrônico cai 15% Próximo Texto: Aviação: Venda da Embraer pode não ter o BNDES Índice
|