|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Aumentos do tomate e da gasolina devem
elevar preços em São Paulo
MAURO ZAFALON
DA REDAÇÃO
A taxa de inflação na cidade de
São Paulo, que já parecia estar definida para este mês, voltou a registrar novos focos de pressão e
poderá superar 1%, o que seria a
maior taxa dos últimos 18 meses.
As previsões já indicavam um
período de pressão inflacionária
para o mês devido aos reajustes
de preços administrados, como
energia elétrica, telefone e planos
de saúde. Com base nesses aumentos, a Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas) já
previa 0,80% para este mês.
Dois itens, no entanto, fizeram
Paulo Picchetti, coordenador do
Índice de Preços ao Consumidor
da instituição, rever a taxa deste
mês para cima: tomate e gasolina.
No caso do tomate, a pressão é
certa e pode gerar inflação de 0,11
ponto percentual. Com o frio,
houve queda da oferta e os preços
já subiram 113% na lavoura nos
últimos 30 dias. Por conta do tomate, a Fipe já reviu a taxa de inflação deste mês para 0,90%.
No caso da gasolina, o aumento
ainda depende da caneta do governo, mas poderá sair próximo
do dia 15. A opção por essa data é
estratégica, já que o impacto seria
diluído nas taxas de inflação deste
mês e de setembro. Um aumento
no início do mês teria impacto
muito grande no próprio mês.
Um reajuste de 10% no preço da
gasolina nas bombas, por exemplo, geraria inflação de 0,30 ponto
percentual nos cálculos da Fipe.
Apesar da aceleração da inflação, a alta está centralizada em
poucos itens, segundo Picchetti. A
inflação da primeira quadrissemana deste mês foi de 0,67% e
apenas dois itens (energia elétrica
e planos de saúde) foram responsáveis por 40% dessa taxa.
Texto Anterior: Custo de vida: Puxada por tarifa, inflação de julho é a maior em 15 meses Próximo Texto: Energia: Reajuste ainda não está definido, diz Dutra Índice
|