São Paulo, quinta-feira, 12 de agosto de 2004

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Aumentos do tomate e da gasolina devem elevar preços em São Paulo

MAURO ZAFALON
DA REDAÇÃO

A taxa de inflação na cidade de São Paulo, que já parecia estar definida para este mês, voltou a registrar novos focos de pressão e poderá superar 1%, o que seria a maior taxa dos últimos 18 meses.
As previsões já indicavam um período de pressão inflacionária para o mês devido aos reajustes de preços administrados, como energia elétrica, telefone e planos de saúde. Com base nesses aumentos, a Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas) já previa 0,80% para este mês.
Dois itens, no entanto, fizeram Paulo Picchetti, coordenador do Índice de Preços ao Consumidor da instituição, rever a taxa deste mês para cima: tomate e gasolina.
No caso do tomate, a pressão é certa e pode gerar inflação de 0,11 ponto percentual. Com o frio, houve queda da oferta e os preços já subiram 113% na lavoura nos últimos 30 dias. Por conta do tomate, a Fipe já reviu a taxa de inflação deste mês para 0,90%.
No caso da gasolina, o aumento ainda depende da caneta do governo, mas poderá sair próximo do dia 15. A opção por essa data é estratégica, já que o impacto seria diluído nas taxas de inflação deste mês e de setembro. Um aumento no início do mês teria impacto muito grande no próprio mês.
Um reajuste de 10% no preço da gasolina nas bombas, por exemplo, geraria inflação de 0,30 ponto percentual nos cálculos da Fipe.
Apesar da aceleração da inflação, a alta está centralizada em poucos itens, segundo Picchetti. A inflação da primeira quadrissemana deste mês foi de 0,67% e apenas dois itens (energia elétrica e planos de saúde) foram responsáveis por 40% dessa taxa.


Texto Anterior: Custo de vida: Puxada por tarifa, inflação de julho é a maior em 15 meses
Próximo Texto: Energia: Reajuste ainda não está definido, diz Dutra
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.