São Paulo, sábado, 12 de outubro de 2002

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Chile também atua para defender sua moeda

DE BUENOS AIRES

Pressionado pela crise econômica que começa a se espalhar pela América Latina, o governo chileno também foi obrigado a tomar medidas rigorosas de intervenção no câmbio para conter a desvalorização da moeda local.
O país também tem sofrido com o temor de calote no Brasil e o colapso da economia argentina, que contribuíram para um movimento de fuga de investidores estrangeiros da América Latina para mercados mais seguros.
Além disso, o Chile também foi prejudicado pela desaceleração da economia dos EUA -um de seus principais parceiros comerciais- e pela queda dos preços internacionais do cobre -seu principal produto de exportação. O cobre atingiu neste ano o menor preço real desde 1934.
Para segurar a desvalorização da moeda local, que já acumulava 15,3% neste ano, o Banco Central chileno, que vinha se mantendo distante do mercado, anunciou no final da noite de anteontem que destinaria US$ 4 bilhões nos próximos quatro meses para sustentar a cotação do peso.
A medida, somada à queda do dólar no Brasil ontem, foi suficiente para tranquilizar o mercado. A moeda norte-americana recuou 2,26% no país ontem, para 742,58 pesos. (JS)


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