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EMPREGO
Trabalhador deve buscar dados corretos antes de entrar com ação na Justiça
Especialistas recomendam
análise prévia de direitos
DA REPORTAGEM LOCAL
Antes de procurar a Justiça, o
trabalhador deve estar consciente
de seus direitos e deveres, diz Nilton da Silva Correia, presidente
da Abrat (Associação Brasileira
de Advogados Trabalhistas).
"Muitas vezes o empregado, por
falta de informação, se confunde.
Diz que não recebeu férias ou hora extra, por exemplo. Quando a
empresa apresenta as provas na
audiência, derruba o argumento
do trabalhador. O pedido foi feito
com base em dados que não eram
corretos. Isso ocorre principalmente com as pessoas com baixa
escolaridade", diz Valter Uzzo, secretário-geral da OAB-SP.
Para o vice-procurador-geral do
Trabalho, Otávio Brito, os sindicatos deveriam dar mais proteção
ao trabalhador. "São poucos os
sindicatos que de fato atuam a favor dos trabalhadores", diz.
Na avaliação da Anamatra (associação que reúne os juízes do
Trabalho), as propostas em discussão no Fórum Nacional do
Trabalho -de fortalecer a negociação direta entre patrões e empregados e de reforma sindical-
vão agilizar a resolução de conflitos, o que pode evitar que o trabalhador espere anos para receber o
que tem direito.
Para evitar que os trabalhadores
em busca de uma indenização
caíam no golpe de advogados que
prometem "mundos e fundos",
especialistas aconselham procurar um profissional de confiança
ou recomendado por colegas.
"A abordagem ou a indução
tem de ser descartada pelo trabalhador", afirma Correia, da Abrat,
ao se referir aos profissionais que
atuam nas proximidades de fóruns trabalhistas, principalmente
em São Paulo, no Rio de Janeiro e
em Minas Gerais.
(FF e CR)
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