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G8 é pequeno
contra crise, diz
Gordon Brown
PEDRO DIAS LEITE
DE LONDRES
Principal nome até agora na resposta à crise financeiro-econômica, o
primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, disse
que os obstáculos para um
acordo na reunião preparatória do G20 no Brasil
devem "servir de alerta"
para a cúpula do final de
semana em Washington.
Questionado pela Folha, em sua entrevista coletiva mensal, Brown disse
ser um erro pensar que
apenas os países desenvolvidos vão dar as cartas na
solução da crise. "O G8
[grupo dos sete países
mais ricos do mundo, mais
a Rússia] é muito pequeno
para lidar com os grandes
problemas da economia
mundial. Precisamos da
China, da Índia, dos países
da América Latina e da
África. Por isso o G20",
disse Brown, sem citar nominalmente o Brasil.
A reunião em Washington vem sendo tratado como um novo Bretton
Woods, o encontro que
criou o FMI e o Banco
Mundial. O premiê disse
que não se devem esperar
medidas concretas. "O que
vamos ver em Washington
são os primeiros passos
para a reforma [do sistema
financeiro], que servirão
de base para as próximas
semanas e meses".
Os países emergentes
são um ponto importante
do plano de Brown, sobretudo na retomada das negociações para um acordo
comercial global, que está
distante desde que as conversações da Rodada Doha
fracassaram, há quatro
meses.
"Existe um momentum
para um acordo comercial
mundial. Existe interesse
dos Estados Unidos, dos
países em desenvolvimento e dos mercados emergentes em mandar um sinal, por meio de um acordo, de que o protecionismo pode ser evitado", disse Brown.
O premiê britânico defende uma reformulação
profunda do sistema financeiro global, além de
uma ação coordenada de
todos os países para estimular a economia e abrandar a recessão que se avizinha, mas sua posição está
longe de ser consensual
entre os países ricos.
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