São Paulo, quinta-feira, 12 de novembro de 2009

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outro lado

Associação diz que defende indústria local

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Em sua defesa, a Abrinq diz nas páginas do processo administrativo na Secretaria de Defesa Econômica que não pode ser processada por "pleitear a defesa da indústria nacional" e classifica de parciais as acusações contra a entidade e seu presidente, Synésio Batista da Costa.
Procurada pela reportagem da Folha, a associação e seu dirigente não se manifestaram até o fechamento desta edição.
No processo, a Abrinq considera que em nenhum momento o acordo ou a discussão do assunto na reunião de 2006 poderiam gerar danos à livre concorrência por ser uma ação de defesa comercial, com propostas que seriam apresentadas ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio.
Só a partir da aprovação do ministério, as medidas contra as "importações predatórias" da China seriam implementadas, afirma a Abrinq no processo. Segundo a entidade, a reunião teve o objetivo de informar as empresas do setor sobre o resultado das negociações com a China e o acordo de salvaguardas.

Defesa cerceada
Os advogados da entidade ainda afirmam no processo que houve cerceamento de defesa no caso e questionam a validade das gravações da reunião, feita por um representante da Mattel, multinacional autora da denúncia.
A Abrinq defende-se ainda alegando que a fixação de preços mínimos de importação seria uma forma de estabelecer preços de referência para o governo brasileiro como forma de evitar o subfaturamento de importações dos produtos chineses.
Para a associação, as acusações da Mattel são parciais, com base em fatos distorcidos, e esconderiam intuitos de intimidação e falseamento da concorrência no mercado brasileiro.
A entidade afirma ainda que vive em clima de "animosidade" com a Mattel desde 1995, quando a associação entrou com pedido de salvaguarda contra importações de brinquedos da China promovidas pela multinacional com sede nos Estados Unidos.


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