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outro lado
Associação diz que defende indústria local
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Em sua defesa, a Abrinq
diz nas páginas do processo administrativo na Secretaria de Defesa Econômica que não pode ser processada por "pleitear a defesa da indústria nacional"
e classifica de parciais as
acusações contra a entidade e seu presidente, Synésio Batista da Costa.
Procurada pela reportagem da Folha, a associação e seu dirigente não se
manifestaram até o fechamento desta edição.
No processo, a Abrinq
considera que em nenhum momento o acordo
ou a discussão do assunto
na reunião de 2006 poderiam gerar danos à livre
concorrência por ser uma
ação de defesa comercial,
com propostas que seriam
apresentadas ao Ministério do Desenvolvimento,
Indústria e Comércio.
Só a partir da aprovação
do ministério, as medidas
contra as "importações
predatórias" da China seriam implementadas, afirma a Abrinq no processo.
Segundo a entidade, a reunião teve o objetivo de informar as empresas do setor sobre o resultado das
negociações com a China e
o acordo de salvaguardas.
Defesa cerceada
Os advogados da entidade ainda afirmam no processo que houve cerceamento de defesa no caso e
questionam a validade das
gravações da reunião, feita
por um representante da
Mattel, multinacional autora da denúncia.
A Abrinq defende-se
ainda alegando que a fixação de preços mínimos de
importação seria uma forma de estabelecer preços
de referência para o governo brasileiro como forma
de evitar o subfaturamento de importações dos produtos chineses.
Para a associação, as
acusações da Mattel são
parciais, com base em fatos distorcidos, e esconderiam intuitos de intimidação e falseamento da concorrência no mercado brasileiro.
A entidade afirma ainda
que vive em clima de "animosidade" com a Mattel
desde 1995, quando a associação entrou com pedido
de salvaguarda contra importações de brinquedos
da China promovidas pela
multinacional com sede
nos Estados Unidos.
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