São Paulo, domingo, 13 de janeiro de 2008

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Comércio de luxo avança 17% em 2007

Alex Almeida/Folha Imagem
A diretora de marketing Helena Cauduro no veículo de R$ 390 mil que pretende comprar

DA REPORTAGEM LOCAL

O consumo de luxo movimentou, em 2007, US$ 4,3 bilhões, 17% mais que em 2006. É o que revela a prévia de uma pesquisa inédita feita pela MCF, consultoria especializada em gestão de luxo.
Segundo Carlos Ferreirinha, diretor da MCF, carros importados, jatos executivos e helicópteros lideraram as vendas.
Henning Dornbusch, presidente da BMW do Brasil, concorda. Em 2007, foram emplacadas 2.608 unidades, 22% mais que no ano anterior. "O Brasil superou até o México."
Os modelos mais caros têm fila de espera que pode durar até dois meses. Em 2007, quase todos os modelos BMW 760 foram vendidos. Eles são os mais luxuosos da montadora e custam cerca de R$ 700 mil.
A Land Rover teve seu melhor ano, com um crescimento de 58%. Passou de 2.001 carros emplacados, em 2006, para 3.156. "Com os juros baixos do financiamento de veículos, os clientes estão preferindo aplicar o valor integral do automóvel e comprá-lo parcelado", afirma Luiz Tambor, diretor da montadora.
Helena Cauduro, 34, diretora de marketing de uma empresa de informática em São Paulo, vai comprar o modelo mais caro da marca, um Range Rover Vogue, de R$ 390 mil. "Vou dar uma entrada e pagar a diferença em três vezes", diz.
Em 2007, o Brasil recebeu o primeiro barco mais caro da marca italiana Spirit 880, cujo preço estimado é de 5 milhões de euros. A Folha apurou que o estaleiro já produz com capacidade máxima para dar conta dos pedidos no país.
Para Eduardo Brandão, diretor comercial da OceanAir Táxi Aéreo, representante da empresa canadense de jatos Bombardier e dos helicópteros italianos Agusta, 2007 foi um ano histórico. "Chegaram cinco jatos Global Express, de US$ 60 milhões cada um, e dez helicópteros Agusta A139, de US$ 13 milhões a unidade", afirma.
O desempenho do setor de luxo no Brasil está chamando a atenção de investidores internacionais. Antes eles vendiam no país por meio de representantes. A Folha apurou que as grifes Hermés, Gucci e Stella McCartney já estão em fase avançada para abrir filiais no país. A Ralph Lauren também quer ter sua subsidiária.
A Rimowa, que concorre com as malas Samsonite, abriu filial em São Paulo há um mês e tem planos de expansão. "Serão quatro lojas até 2009", afirma Ulrich Wescott, presidente para a América Latina.
Para ele, essas marcas estão interessadas no Brasil porque o país oferece retorno rápido e taxa anual de crescimento superior a 10%. (JW)


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