|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Comércio de luxo avança 17% em 2007
Alex Almeida/Folha Imagem
|
|
A diretora de marketing Helena Cauduro no veículo de R$ 390 mil que pretende comprar
DA REPORTAGEM LOCAL
O consumo de luxo movimentou, em 2007, US$ 4,3 bilhões, 17% mais que em 2006. É
o que revela a prévia de uma
pesquisa inédita feita pela
MCF, consultoria especializada em gestão de luxo.
Segundo Carlos Ferreirinha,
diretor da MCF, carros importados, jatos executivos e helicópteros lideraram as vendas.
Henning Dornbusch, presidente da BMW do Brasil, concorda. Em 2007, foram emplacadas 2.608 unidades, 22%
mais que no ano anterior. "O
Brasil superou até o México."
Os modelos mais caros têm
fila de espera que pode durar
até dois meses. Em 2007, quase
todos os modelos BMW 760 foram vendidos. Eles são os mais
luxuosos da montadora e custam cerca de R$ 700 mil.
A Land Rover teve seu melhor ano, com um crescimento
de 58%. Passou de 2.001 carros
emplacados, em 2006, para
3.156. "Com os juros baixos do
financiamento de veículos, os
clientes estão preferindo aplicar o valor integral do automóvel e comprá-lo parcelado",
afirma Luiz Tambor, diretor da
montadora.
Helena Cauduro, 34, diretora
de marketing de uma empresa
de informática em São Paulo,
vai comprar o modelo mais caro da marca, um Range Rover
Vogue, de R$ 390 mil. "Vou dar
uma entrada e pagar a diferença em três vezes", diz.
Em 2007, o Brasil recebeu o
primeiro barco mais caro da
marca italiana Spirit 880, cujo
preço estimado é de 5 milhões de euros. A Folha apurou que o
estaleiro já produz com capacidade máxima para dar conta
dos pedidos no país.
Para Eduardo Brandão, diretor comercial da OceanAir Táxi
Aéreo, representante da empresa canadense de jatos Bombardier e dos helicópteros italianos Agusta, 2007 foi um ano
histórico. "Chegaram cinco jatos Global Express, de US$ 60
milhões cada um, e dez helicópteros Agusta A139, de US$
13 milhões a unidade", afirma.
O desempenho do setor de
luxo no Brasil está chamando a
atenção de investidores internacionais. Antes eles vendiam
no país por meio de representantes. A Folha apurou que as
grifes Hermés, Gucci e Stella
McCartney já estão em fase
avançada para abrir filiais no
país. A Ralph Lauren também
quer ter sua subsidiária.
A Rimowa, que concorre
com as malas Samsonite, abriu
filial em São Paulo há um mês e
tem planos de expansão. "Serão quatro lojas até 2009", afirma Ulrich Wescott, presidente
para a América Latina.
Para ele, essas marcas estão
interessadas no Brasil porque o
país oferece retorno rápido e
taxa anual de crescimento superior a 10%.
(JW)
Texto Anterior: Só na China fortunas crescem mais rápido Próximo Texto: Gestão de riqueza no Brasil é a mais lucrativa Índice
|