São Paulo, sábado, 13 de março de 2004

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Cai liminar que reconduzia presidente

DENISE CARVALHO
DA REPORTAGEM LOCAL

O juiz do 1º Tribunal de Alçada Civil de São Paulo, Roque Mesquita, revogou sua própria liminar, que reconduzia o ex-presidente da Parmalat Brasil Indústria de Alimentos, Ricardo Gonçalves, à presidência da companhia e Andrea Ventura ao cargo de diretor financeiro.
Portanto a empresa permanece sob o comando do interventor Keyler Carvalho Rocha e encerra a discussão sobre a direção da empresa, até o julgamento do recurso pela Justiça.
A reconsideração da decisão não desfaz a determinação do juiz da 42ª Vara Cível de São Paulo, Carlos Henrique Abrão, que decretou a intervenção na empresa e a quebra dos sigilos bancários dos empresários.
No despacho, o juiz Mesquita reconheceu que a liminar que revogou o afastamento de Gonçalves e Ventura "realmente confronta-se" com a decisão do juiz Luiz Burza Neto, que já tinha negado o pedido de efeito suspensivo da destituição dos executivos.
Segundo o advogado Alfredo Zucca Neto, da Felsberg Associados, que defende a Parmalat, caberia um recurso -um agravo regimental- para tentar mudar a decisão do juiz. Mas, ressalta, "o escritório espera outros recursos, em andamento, que tenham resposta positiva em menor prazo".
Ontem, a Felsberg entrou com uma exceção de suspeição, na 42ª Vara Cível, para que o juiz Abrão se declare suspeito para julgar o processo. O advogado argumenta que o juiz "tem tomado atitudes que demonstram seu interesse pessoal no desenrolar do processo, como a participação em assembléias da empresa".
O interventor da Parmalat marcou assembléia geral para o dia 31 de março, às 10h.


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