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Cai liminar que
reconduzia
presidente
DENISE CARVALHO
DA REPORTAGEM LOCAL
O juiz do 1º Tribunal de Alçada Civil de São Paulo, Roque
Mesquita, revogou sua própria
liminar, que reconduzia o ex-presidente da Parmalat Brasil
Indústria de Alimentos, Ricardo Gonçalves, à presidência da
companhia e Andrea Ventura
ao cargo de diretor financeiro.
Portanto a empresa permanece sob o comando do interventor Keyler Carvalho Rocha
e encerra a discussão sobre a
direção da empresa, até o julgamento do recurso pela Justiça.
A reconsideração da decisão
não desfaz a determinação do
juiz da 42ª Vara Cível de São
Paulo, Carlos Henrique Abrão,
que decretou a intervenção na
empresa e a quebra dos sigilos
bancários dos empresários.
No despacho, o juiz Mesquita
reconheceu que a liminar que
revogou o afastamento de
Gonçalves e Ventura "realmente confronta-se" com a decisão do juiz Luiz Burza Neto,
que já tinha negado o pedido
de efeito suspensivo da destituição dos executivos.
Segundo o advogado Alfredo
Zucca Neto, da Felsberg Associados, que defende a Parmalat,
caberia um recurso -um
agravo regimental- para tentar mudar a decisão do juiz.
Mas, ressalta, "o escritório espera outros recursos, em andamento, que tenham resposta
positiva em menor prazo".
Ontem, a Felsberg entrou
com uma exceção de suspeição, na 42ª Vara Cível, para que
o juiz Abrão se declare suspeito
para julgar o processo. O advogado argumenta que o juiz
"tem tomado atitudes que demonstram seu interesse pessoal no desenrolar do processo,
como a participação em assembléias da empresa".
O interventor da Parmalat
marcou assembléia geral para o
dia 31 de março, às 10h.
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