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Furlan defende lobby por álcool brasileiro
MAELI PRADO
DA REPORTAGEM LOCAL
O ministro Luiz Fernando Furlan (Desenvolvimento) recomendou ontem, em discurso a empresários na Amcham (Câmara Americana de Comércio), a realização de uma
ação "legítima" de lobby
nos Estados Unidos com o
objetivo de convencer entidades americanas da importância brasileira para o
álcool. Ele afirmou que
quando o presidente Lula
visitou a Casa Branca em
2003, o presidente americano, George W. Bush,
desconhecia o assunto.
"Uma ação legítima de
lobby para convencer as
entidades americanas de
que o Brasil oferece uma
alternativa e que neste
momento os Estados Unidos precisam muito mais
do Brasil do que o Brasil
precisa dos Estados Unidos seria uma iniciativa
válida", discursou.
Sobre o encontro de
Bush com Lula, na semana
passada, ele afirmou que o
interesse americano pelo
álcool e biodiesel deve acelerar a utilização desses
combustíveis por outros
países e gerar o interesse
de investidores. "Tudo somado, o Brasil teve uma
mídia mundial muito positiva pelo reconhecimento
do governo americano que
nós somos líderes em
energia renovável".
O ministro afirmou ainda que no final de 2008 a
proporção de consumo de
álcool no Brasil deve ser a
mesma que a de gasolina.
Sobre o pedido dos EUA
de maior abertura do mercado brasileiro para eletroeletrônicos e produtos
químicos, ele voltou a citar
que depende de maior flexibilização no setor agrícola como contrapartida.
Segundo Furlan, o Brasil prepara uma missão
empresarial à China -o
governo brasileiro, disse,
pretende exportar produtos de maior valor agregado ao mercado chinês.
O ministro destacou a
estabilidade do real em relação ao dólar. "O comportamento do real em relação ao dólar hoje é menos
volátil que o iene".
Sobre sua saída do ministério do Desenvolvimento, o ministro se definiu como "um colaborador da equipe de governo
do presidente Lula".
"Ele está tratando da reforma ministerial e oportunamente fará o anúncio.
Realmente me preparei
para trabalhar durante
quatro anos e ele sabe disso, mas a palavra final será
dele", afirmou o ministro.
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