São Paulo, terça-feira, 13 de março de 2007

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Furlan defende lobby por álcool brasileiro

MAELI PRADO
DA REPORTAGEM LOCAL

O ministro Luiz Fernando Furlan (Desenvolvimento) recomendou ontem, em discurso a empresários na Amcham (Câmara Americana de Comércio), a realização de uma ação "legítima" de lobby nos Estados Unidos com o objetivo de convencer entidades americanas da importância brasileira para o álcool. Ele afirmou que quando o presidente Lula visitou a Casa Branca em 2003, o presidente americano, George W. Bush, desconhecia o assunto.
"Uma ação legítima de lobby para convencer as entidades americanas de que o Brasil oferece uma alternativa e que neste momento os Estados Unidos precisam muito mais do Brasil do que o Brasil precisa dos Estados Unidos seria uma iniciativa válida", discursou.
Sobre o encontro de Bush com Lula, na semana passada, ele afirmou que o interesse americano pelo álcool e biodiesel deve acelerar a utilização desses combustíveis por outros países e gerar o interesse de investidores. "Tudo somado, o Brasil teve uma mídia mundial muito positiva pelo reconhecimento do governo americano que nós somos líderes em energia renovável".
O ministro afirmou ainda que no final de 2008 a proporção de consumo de álcool no Brasil deve ser a mesma que a de gasolina.
Sobre o pedido dos EUA de maior abertura do mercado brasileiro para eletroeletrônicos e produtos químicos, ele voltou a citar que depende de maior flexibilização no setor agrícola como contrapartida.
Segundo Furlan, o Brasil prepara uma missão empresarial à China -o governo brasileiro, disse, pretende exportar produtos de maior valor agregado ao mercado chinês.
O ministro destacou a estabilidade do real em relação ao dólar. "O comportamento do real em relação ao dólar hoje é menos volátil que o iene".
Sobre sua saída do ministério do Desenvolvimento, o ministro se definiu como "um colaborador da equipe de governo do presidente Lula".
"Ele está tratando da reforma ministerial e oportunamente fará o anúncio. Realmente me preparei para trabalhar durante quatro anos e ele sabe disso, mas a palavra final será dele", afirmou o ministro.


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