São Paulo, quinta-feira, 13 de março de 2008

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Lula afirma que crescimento do PIB foi maior

EDUARDO SCOLESE
FELIPE SELIGMAN
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse ontem à tarde que recebeu de uma "forma muito gostosa" a informação de que o PIB cresceu 5,4% em 2007. Segundo ele, quando houver a revisão desse número, será descoberto que o crescimento foi maior.
"Está cheio de analista econômico que dá palpite. Se a gente fosse aceitar palpite de todos que dão palpite, a gente iria embora, porque o Brasil iria acabar", disse o presidente, ao participar de evento para comemorar os quatro anos do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome.
"Entretanto hoje, de forma muito gostosa, para quem acreditou, o nosso PIB não cresceu 4,1%, 4,2%, 3,9%, 4,5%, 4,7%, como todos avaliavam. Cresceu 5,4%, e [interrompido por aplausos], quando houver a revisão, vou falar de público aqui, vai ser mais do que 5,4%."
À noite, para uma platéia de empresários, ele disse que está "cauteloso" e que o Brasil deve crescer de forma "equilibrada".
"Não quero ver o Brasil crescendo 10%, 15%, 7%. Prefiro ficar crescendo 15 anos a 5%. Nem pouco nem exagerado, o equilibrado", disse Lula. "Crescer o suficiente para a gente atender a demanda forte do Brasil", disse durante discurso em seminário organizado pela revista britânica "The Economist", em um hotel em Brasília.

Pobres comem mais
Lula novamente atribuiu à sorte o atual momento da economia e ironizou aqueles que chamou de "adversários". "Pobre de quem não tem sorte. Eu quero todo dia levantar com uma sorte imensa e que meus adversários levantem com um azar imenso", brincou. "Eu sou tão bom que eu quero que eles também levantem com sorte", consertou a brincadeira.
À tarde, ele atribuiu parte do crescimento à capacidade de consumo dos beneficiários do programa Bolsa Família.
"É importante lembrar para esses céticos [parte da elite, segundo ele] que uma parte do sucesso da economia brasileira, anunciado pelo IBGE hoje [ontem], do crescimento do PIB, está subordinada à questão do crescimento do mercado interno. Significa que os pobres estão comendo mais, os pobres estão vestindo mais."


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