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Cafeicultores pedem "dólar agrícola"
PAULO PEIXOTO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELO HORIZONTE
Cafeicultores do sul de Minas
Gerais, Estado que responde por
metade da produção nacional do
grão, reforçaram ontem o protesto de produtores de milho em
Três Corações, fechando por uma
hora a rodovia Fernão Dias, que
liga Belo Horizonte a São Paulo.
Os agricultores reclamam de discriminação e pedem um câmbio
definido para o setor agrícola.
Presidente do Sindicato Rural
de Três Pontas, que abriga a segunda maior cooperativa de cafeicultores de Minas, a Cocatrel,
Amador José Alves disse que o
custo de produção já é igual ou
superior ao preço da saca de 60
kg. "Dizer que o setor cafeeiro não
vive uma crise é não encarar a realidade." O câmbio é apontado como o principal problema.
Segundo ele, com o dólar a R$ 3
foi possível manter a competitividade. Desde que o dólar começou
a cair, afirma, os problemas vêm
se acumulando. Alves disse que o
câmbio livre não pode valer para a
agricultura, que está sujeita a
muitas intempéries. "É preciso ter
um câmbio definido para o setor
agrícola. Precisamos de uma política agrícola básica."
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