São Paulo, quarta-feira, 13 de junho de 2007

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EXPORTAÇÃO

Petrobras quer banda de preço para o álcool

DA SUCURSAL DO RIO

O principal entrave para a exportação de grandes volumes de álcool para o Japão e outros países é a falta de um mercado internacional do produto, que seja capaz de definir seus preços, avaliou ontem o diretor financeiro da Petrobras, Almir Barbassa.
Diante de tal dificuldade, diz, a estatal negocia com clientes japoneses e produtores locais a possibilidade da criação de "uma banda" de oscilação de preço do álcool. Ou seja, haverá um teto e um piso.
Segundo Barbassa, os japoneses querem firmar contratos de 10 a 20 anos e a maior dificuldade é estabelecer fórmula de preço para um período tão longo.
Pelo modelo em análise preliminar, os produtores de álcool teriam um piso garantido de preço, mas abririam mão de ganhar mais nos momentos de alta do produto -geralmente na entressafra.
"Uma coisa é você vender uma carga de álcool, outra coisa é vender por 10 ou 15 anos. Um dos itens mais complexos para modelagem do negócio é determinar uma forma de preço para vigorar no longo prazo sem prejudicar o produtor e o comprador", disse Barbassa.
A meta da Petrobras para o setor é ambiciosa: estima exportações de 3,5 bilhões de litros de álcool anuais em 2011. No ano passado, a produção total do Brasil foi de 16 bilhões de litros do produto.
De acordo com Barbassa, a estatal estuda ainda a possibilidade de investir minoritariamente em usinas de álcool.
O objetivo é assegurar a qualidade do produto e as boas práticas no setor -afetado até hoje por trabalho análogo ao escravo ou degradante. (PS)


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