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EXPORTAÇÃO
Petrobras quer banda de preço para o álcool
DA SUCURSAL DO RIO
O principal entrave para
a exportação de grandes
volumes de álcool para o
Japão e outros países é a
falta de um mercado internacional do produto, que
seja capaz de definir seus
preços, avaliou ontem o
diretor financeiro da Petrobras, Almir Barbassa.
Diante de tal dificuldade, diz, a estatal negocia
com clientes japoneses e
produtores locais a possibilidade da criação de
"uma banda" de oscilação
de preço do álcool. Ou seja,
haverá um teto e um piso.
Segundo Barbassa, os japoneses querem firmar
contratos de 10 a 20 anos e
a maior dificuldade é estabelecer fórmula de preço
para um período tão longo.
Pelo modelo em análise
preliminar, os produtores
de álcool teriam um piso
garantido de preço, mas
abririam mão de ganhar
mais nos momentos de alta do produto -geralmente na entressafra.
"Uma coisa é você vender uma carga de álcool,
outra coisa é vender por 10
ou 15 anos. Um dos itens
mais complexos para modelagem do negócio é determinar uma forma de
preço para vigorar no longo prazo sem prejudicar o
produtor e o comprador",
disse Barbassa.
A meta da Petrobras para o setor é ambiciosa: estima exportações de 3,5 bilhões de litros de álcool
anuais em 2011. No ano
passado, a produção total
do Brasil foi de 16 bilhões
de litros do produto.
De acordo com Barbassa, a estatal estuda ainda a
possibilidade de investir
minoritariamente em usinas de álcool.
O objetivo é assegurar a
qualidade do produto e as
boas práticas no setor
-afetado até hoje por trabalho análogo ao escravo
ou degradante.
(PS)
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