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Empresas aéreas dos EUA adotam novas cobranças
Para reduzir custos, companhias demitem e passam a cobrar por refrigerante
Combustível aumentou
mais de 90% nos últimos 12
meses, diz a US Airways, que
prevê gastar mais US$ 1,9 bi
com o produto neste ano
DA REDAÇÃO
Três das maiores companhias aéreas dos Estados Unidos anunciaram novas medidas
para diminuir custos, provocados especialmente pelo aumento nos preços do combustível. Entre as decisões estão a
cobrança pelo check in de bagagem e por bebidas não-alcoólicas, a demissão de funcionários
e o cancelamento de vôos.
A United Airlines, a segunda
maior empresa aérea norte-americana, disse que passará a
cobrar US$ 15 pelo check in da
primeira bagagem em vôos domésticos, medida que já tinha
sido anunciada no mês passado
pela rival American Airlines, a
maior empresa aérea do país.
Poucas horas após o anúncio
da United, foi a vez de a US Airways afirmar que passará a cobrar pelo check in da primeira
mala despachada, em um programa mais amplo, que envolve
vôos domésticos e com destino
ou saída do Canadá, da América
Latina e do Caribe.
Além disso, a companhia disse que irá demitir 1.700 funcionários e devolver dez aeronaves. Segundo a US Airways, o
preço do combustível aumentou mais de 90% nos últimos 12
meses e os gastos com o produto representam 39% do total
-eram 14% em 2000. Ela estima que irá gastar US$ 1,9 bilhão
a mais neste com combustível
do que no ano passado.
Outra medida adotada pela
US Airways é a cobrança pelo
consumo de bebidas não-alcoólicas. Refrigerantes, sucos,
água mineral e café serão vendidos a US$ 2, e o preço das bebidas alcóolicas aumentará de
US$ 5 para US$ 7.
Já a Continental anunciou
que deixará de voar para 15 cidades (6 delas no exterior) e diminuirá a freqüência dos vôos
em 40 aeroportos. A empresa já
tinha afirmado na semana passada que demitirá 3.000 trabalhadores e "aposentará" 67 aeronaves.
A United disse no início do
mês que pretende cortar 1.100
funcionários. No final do mês
passado, a United, a American e
a Delta Airlines anunciaram
aumento nos preços das passagens nos Estados Unidos.
As companhias de aviação
podem perder mais de US$ 6,1
bilhões neste ano devido aos altos preços do petróleo, segundo
a Iata (associação mundial que
reúne as empresas aéreas).
Pelos cálculos dela, cada aumento de US$ 1 no preço do petróleo eleva em US$ 1,6 bilhão
os custos das empresas.
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