São Paulo, quinta-feira, 13 de agosto de 2009

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PESQUISA

Remessas de migrantes da AL vão cair 11% neste ano, diz BID

DA REDAÇÃO

Os migrantes latino-americano devem enviar neste ano 10,6% menos dinheiro para seus países de origem do que em 2008. No caso dos brasileiros, quase metade diz que vai mandar um valor inferior ao do ano passado .
Com o aumento do desemprego (especialmente nos EUA), os latino-americanos que trabalham no exterior vão enviar US$ 61,8 bilhões, ou US$ 7,3 bilhões a menos que no ano passado, segundo o BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento).
"A crise claramente está limitando a capacidade dos migrantes de enviar dinheiro para seus países de origem", disse o presidente do BID, Luis Alberto Moreno.
A pesquisa mostra que o medo de perder o emprego está fazendo com que os latino-americanos também aumentem as suas economias, movimento semelhante ao do resto da população nos EUA, de onde partiram 70% das remessas em 2008.
A taxa de desemprego entre a população latino-americana nos EUA é maior do que a geral: 12,3% dos latino-americanos estavam sem emprego no mês passado, ante 9,4% da taxa geral.
A pesquisa não tem valores das remessas para o Brasil, mas mostra que 47% dos brasileiros que moram nos EUA (no caso dos migrantes do país, o levantamento se concentrou na região de Boston) afirmam que vão mandar menos dinheiro para casa do que em 2008.
No Brasil, as remessas têm um impacto pequeno no PIB não chega a 1% do total, mas, em países menores da região, especialmente na América Central, esse dinheiro representa mais de 10%. E são os países mais dependentes (como Haiti e Nicarágua) que serão os mais afetados, de acordo com o BID.


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