|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Confiança dos empresários no Brasil recebe apenas nota 3,8
da Reportagem Local
Além do Índice de Avaliação de
Gestão Governamental, a Fiesp
divulgou também o Índice de
Confiança da Indústria no Brasil
hoje, que ficou com uma nota média de 3,8, numa escala de 0 a 10,
deixando clara a preocupação dos
empresários com relação à conjuntura do país.
Os empresários revelaram
maior desconforto com relação às
situações social e política do país,
que receberam, respectivamente,
as notas mais baixas, 2,8 e 3,0.
Os problemas internos do país
são os que mais preocupam os
empresários, enquanto, com 4,9,
as condições da conjuntura internacional para o país hoje foram o
item que recebeu a maior nota.
Incertezas
O regime de taxas de câmbio
flutuantes reduziu as preocupações com o exterior, mas a desvalorização expressiva da moeda
elevou as incertezas internas, ao
diminuir o poder de compra dos
salários e ao elevar os custos das
dívidas das empresas.
Clarice Seibel, diretora do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos (Depecon) da
Fiesp, disse que as diferentes percepções entre questões internas e
externas devem ser entendidas
como resultado da transição para
a política de câmbio flutuante.
Nesse regime, disse, a taxa de
câmbio se ajusta para garantir o
fechamento das contas do país
com o exterior, com baixa variação do nível de reservas.
Segundo a avaliação da Fiesp, a
presença desse mecanismo de
ajuste automático reduziu consideravelmente as preocupações
com o setor externo.
Segundo a pesquisa, quanto
menor o porte da empresa, pior é
o seu grau de confiança na economia brasileira. A avaliação das pequenas e microempresas é significativamente mais pessimista do
que a das médias e grandes em todos os itens da pesquisa.
A nota média da pergunta acerca das perspectivas para o Brasil
daqui a um ano foi 5,2. Isso indica
que, em comparação com o Índice de Confiança de 3,8, o industrial paulista está esperançoso de
que a situação do país venha a
melhorar.
Exportações
Apesar da média geral ter ficado
abaixo de 6,0, a avaliação das
grandes empresas foi exatamente
de 6,0, demonstrando um certo
otimismo delas com relação ao
futuro do país.
Os empresários apontaram, em
respostas múltiplas, os maiores
obstáculos ao aumento das exportações, mesmo depois da desvalorização cambial.
O maior obstáculo, com 77%
das citações, foi a burocracia para
acesso às linhas de crédito.
Em segundo lugar, com 68%
das respostas, ficaram as garantias exigidas para acesso às linhas
de crédito.
Em terceiro lugar, com 64% das
citações, os custos de produção
para competir no mercado internacional.
Texto Anterior: Conjuntura: Indústria de SP reprova governo FHC Próximo Texto: Pesquisa é feita com Instituto Vox Populi Índice
|