São Paulo, Sexta-feira, 13 de Agosto de 1999
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CONSTRUÇÃO
Setor, que ficou parado no primeiro semestre com a desvalorização do real, começa a se recuperar
Equipamentos devem faturar US$ 1,3 bi

CLAUDIA ASAZU
da Reportagem Local

O mercado de equipamentos para construção e mineração, que praticamente ficou paralisado no primeiro semestre com a desvalorização cambial, está somente agora sinalizando recuperação e espera terminar o ano com faturamento de US$ 1,3 bilhão.
O setor movimentou, em 98, US$ 1,8 bilhão. "Esse faturamento foi atípico por ser ano eleitoral, quando o governo costuma gastar mais em obras", explica Afonso Mamede, presidente da Sobratema (Sociedade Brasileira de Tecnologia para Equipamentos e Manutenção), que reúne 800 associados do setor.
Para avaliar a saúde do setor, de acordo com Mamede, é preciso contrastar o faturamento deste ano com o obtido em 97, que foi de US$ 1,3 bilhão.
"A meta do setor para este ano é empatar com 97", disse.
Algumas empresas do setor prevêem queda no faturamento.
É o que deve acontecer, por exemplo, com a sueca Volvo Equipamentos. A empresa registrou queda de 40% nas vendas de janeiro a junho e começou a perceber ligeira melhora a partir de julho.
A previsão, porém, é fechar o ano com faturamento de US$ 100 milhões, 30% menor que o ano passado. Para o ano 2000, por outro lado, a meta é faturar US$ 150 milhões.
As novidades em equipamentos de construção e mineração estão reunidas na M&T Expo 99 (3ª Feira Internacional de Equipamentos para Construção e 1ª Feira Internacional de Equipamentos para Mineração), que acontece até amanhã em São Paulo.
A expectativa da Sobratema é realizar, nesta edição do evento, US$ 330 milhões em negócios, 10% a mais que na edição passada, que aconteceu há dois anos.
A grande parte das empresas, porém, espera fechar a feira com faturamento igual ao registrado em 97.
É o caso da multinacional norte-americana Caterpillar, com sede em Piracicaba, que espera negociar US$ 6 milhões em retroescavadeiras e escavadeiras.
A Randon, empresa brasileira sediada em Caxias do Sul (RS) espera gerar negócios da ordem de US$ 3,5 milhões até amanhã, com a venda de 15 caminhões de carregamento pesado.
A multinacional norte-americana Case espera faturar US$ 4 milhões nos cinco dias de feira. A empresa vendeu 25 máquinas entre retroescavadeiras, pás-carregadeiras e escavadeiras. A empresa, que detém cerca de 30% do mercado, apresenta na feira as minicarregadeiras utilizadas na Fórmula 1 no regaste de carros envolvidos em acidentes.
A empresa organizou também visitas à sede da companhia, que fica em Sorocaba, e demonstrações da sua nova escavadeira com a ex-sem-terra Débora Rodrigues.
A multinacional também promove a venda de brindes. Parte da venda será doada a uma fundação que cuida de menores de rua.


M&T Expo 99 (3ª Feira Internacional de Equipamentos para Construção e 1ª Feira Internacional de Equipamentos para Mineração) - até amanhã, das 10h às 18h, no Centro de Exposições Imigrantes (av. Miguel Estéfano, 3.900, Água Funda). Entrada aberta ao público. Ingressos: R$ 15.



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