São Paulo, segunda-feira, 13 de outubro de 2008

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Bancos brasileiros tendem a receber menos financiamento externo em 2009

DO ENVIADO A WASHINGTON

O financiamento externo direto ao sistema bancário brasileiro deverá cair à metade ao longo de 2009, como resultado da atual crise de crédito. Segundo previsões do IIF (Instituto de Finanças Internacionais, na sigla em inglês), o país terá até US$ 4 bilhões externos para a compra de papéis ("commercial papers") de bancos brasileiros neste ano. Em 2009, o valor deve cair para US$ 2 bilhões. No caso dos investimentos produtivos, a expectativa é inversa, de um aumento de 10% (de US$ 10 bilhões para US$ 11 bilhões). O fluxo especulativo passará de US$ 16 bilhões para US$ 22 bilhões, segundo o IIF.
Apesar da previsão de queda de 31% neste ano em relação a 2007, os investimentos produtivos e especulativos para os emergentes devem diminuir o ritmo de redução em 2009.
O IIF prevê um fluxo positivo aos emergentes de US$ 619 bilhões neste ano e de US$ 562 bilhões no próximo. Só em investimentos produtivos haverá pequena queda, de US$ 287 bilhões para US$ 282 bilhões.
Os emergentes da Ásia devem ter quase o dobro de investimentos produtivos do que a América Latina. Os asiáticos receberão, proporcionalmente, menos capital especulativo.
Para o Brasil, a manutenção de fluxo de capital é boa notícia, pois vai ajudar a financiar o déficit em conta corrente do país -o que tende a diminuir a pressão de valorização do dólar.
Para William Rhodes, presidente do Citibank, os emergentes estão "em muito melhor forma do que há uma década". "No caso do Brasil, a dívida [externa] não é mais problema, a economia está diversificada e a situação fiscal é sólida."
O presidente do Itaú e vice-presidente do IIF, Roberto Setúbal, disse que alguns emergentes devem ter dificuldades com balanços de pagamentos, mas têm mais reservas em dólares, taxas de câmbio flexíveis e bons fundamentos. (FCZ)



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