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Despencam os títulos da dívida
da Reportagem Local
Os títulos da dívida externa brasileira despencaram ontem em um
primeiro momento, chegando aos
patamares mais baixos desde agosto do ano passado, quando a Rússia decretou moratória e os investidores internacionais passaram a
acreditar que o Brasil faria o mesmo.
Mas acabaram se recuperando
no decorrer do dia, em um mercado volátil, de oscilações bruscas
para cima e para baixo.
O C-bond, o título mais negociado, de vencimento em dez anos e
meio na média, terminou o dia cotado a 50% do valor de face, uma
baixa forte contra os 54,50% do valor de face do fechamento de anteontem.
Durante o dia, chegou a bater nos
patamares mínimos de 48,25% do
valor de face.
O IDU, outro título importante,
mas de prazo médio de vencimento de um ano e dois meses, mais
curto do que o C-bond, terminou o
dia cotado a 78,75% do valor de face.
Ontem, estava a 82,3% no fechamento do mercado.
A diferença entre as taxas de juros pagas por esses títulos no mercado internacional e as taxas de juros pagas pelos títulos do Tesouro
norte-americano de vencimento
semelhante são, no entender do
mercado financeiro, uma boa forma de medir o risco Brasil. É o chamado, no jargão dos investidores,
"spread over Treasury".
Ontem, o C-bond passou a pagar
juros 15 pontos percentuais superiores às taxas de juros dos títulos
do Tesouro dos Estados Unidos,
contra os 13 pontos percentuais
pagos no fechamento de anteontem.
Como o mercado financeiro internacional acredita que o "risco
Brasil" é maior no curto prazo, o
IDU, de vencimento mais curto,
acaba pagando um "spread over
Treasury" maior, de 24,50 pontos
percentuais.
Anteontem, o IDU fechou com o
"spread over Treasury" em 21 pontos percentuais.
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