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São Paulo, sexta-feira, 14 de fevereiro de 2003

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Dólar alto explica má fase do setor

DA REDAÇÃO

O último caso de falência de operadora de turismo que repercutiu no mercado aconteceu em outubro de 2001, quando a Soletur, uma das maiores do Brasil, anunciou falência.
Afundada em uma dívida de R$ 30 milhões, a companhia de turismo operava havia 28 anos e deixou na mão cerca de 7.000 pessoas que compraram pacotes.
A quebra foi atribuída à alta do dólar e dos juros. O fato é que boa parte das empresas cujo foco do negócio estava voltado para as viagens internacionais, como a Soletur e a Stella Barros, passou a sofrer um problema crônico de falta de capital, em decorrência da desvalorização do real, agravado pelo atentados terroristas nos EUA, em 11 de setembro de 2001.
Agências tradicionais como a Transatlântica, a Sigma e a Tass, cuja venda de viagens internacionais representava mais de 50% do faturamento, não resistiram.
A quebra não foi resultado de má-gestão administrativa, mas de uma opção por um modelo de negócio que não foi alterado.
De acordo com a Abav-SP (Associação Brasileira de Agências de Viagem), não se pode falar em crise generalizada do setor, mas sim de um problema de foco de mercado.
Um dos sinais é que o 9º Workshop da CVC, maior operadora de viagens da América Latina, que terminou ontem em São Paulo, reuniu mais de 700 agentes.
Somente nos meses de dezembro de 2002 e no começo deste ano, a operadora embarcou 170 mil turistas, 85% deles em viagens aéreas nacionais. A expectativa, segundo o diretor-geral da CVC, Guilherme Paulus, é a de embarcar 650 mil passageiros em 2003, sendo que apenas 5% para destinos internacionais.


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