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Dólar alto explica má fase do setor
DA REDAÇÃO
O último caso de falência de
operadora de turismo que repercutiu no mercado aconteceu em
outubro de 2001, quando a Soletur, uma das maiores do Brasil,
anunciou falência.
Afundada em uma dívida de R$
30 milhões, a companhia de turismo operava havia 28 anos e deixou na mão cerca de 7.000 pessoas que compraram pacotes.
A quebra foi atribuída à alta do
dólar e dos juros. O fato é que boa
parte das empresas cujo foco do
negócio estava voltado para as
viagens internacionais, como a
Soletur e a Stella Barros, passou a
sofrer um problema crônico de
falta de capital, em decorrência da
desvalorização do real, agravado
pelo atentados terroristas nos
EUA, em 11 de setembro de 2001.
Agências tradicionais como a
Transatlântica, a Sigma e a Tass,
cuja venda de viagens internacionais representava mais de 50% do
faturamento, não resistiram.
A quebra não foi resultado de
má-gestão administrativa, mas de
uma opção por um modelo de negócio que não foi alterado.
De acordo com a Abav-SP (Associação Brasileira de Agências de
Viagem), não se pode falar em crise generalizada do setor, mas sim
de um problema de foco de mercado.
Um dos sinais é que o 9º Workshop da CVC, maior operadora
de viagens da América Latina, que
terminou ontem em São Paulo,
reuniu mais de 700 agentes.
Somente nos meses de dezembro de 2002 e no começo deste
ano, a operadora embarcou 170
mil turistas, 85% deles em viagens
aéreas nacionais. A expectativa,
segundo o diretor-geral da CVC,
Guilherme Paulus, é a de embarcar 650 mil passageiros em 2003,
sendo que apenas 5% para destinos internacionais.
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